O noticiário brasileiro ficou tomado pelo primeiro turno das eleições neste fim de semana, mas um acontecimento importante do mundo econômico foi o principal destaque no exterior: o possível calote do Credit Suisse.
Faz algum tempo que circula no mercado um rumor de que algo não vai bem no banco suíço. Mas, ao longo da semana passada, esse rumor se tornou mais palpável.
Os CDS (Credit Default Swaps) de 5 anos do banco, que atuam como um seguro contra risco de calote, terminaram a sexta-feira (30) no maior nível desde 2009.
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Na prática, isto significa uma elevação no risco de o Credit Suisse dar calote, uma hipótese que dominou as discussões dos investidores. E esse temor se refletiu nas ações do banco, que observaram um tombo grande de sexta-feira (30) para esta segunda (3).
Sem pânico
Em meio a esse cenário, o CEO do Credit Suisse, Ulrich Koerner, tentou acalmar os ânimos dos funcionários e do mercado, mas isso não deu muito certo.
Em um memorando enviado a funcionários na sexta-feira (30), o executivo disse que o banco está em um momento crítico. Ele também prometeu alimentar o time com novas informações regularmente até que o banco apresente um novo plano estratégico no dia 27 de outubro.
De acordo com o Wall Street Journal, que teve acesso ao documento, a mensagem ressaltava, também, alguns números sobre a operação do Credit Suisse, como, por exemplo, os ativos líquidos de alta qualidade, que estavam em torno de US$ 238 bilhões no final de junho.
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Fontes afirmaram à Bloomberg que o Credit Suisse também orientou os principais executivos sobre como responder a clientes que questionassem sobre os CDS.
Porém, isso não foi suficiente para convencer os investidores.
Os papéis do Credit abriram em forte queda nesta segunda-feira na bolsa suíça, chegando a tombar mais de 9%. Ao longo da sessão, no entanto, parece que os medos foram se dissipando e a ação terminou o dia em queda de apenas de 0,93%. No ano, a ação do Credit Suisse acumula queda de 57%.
Risco sistêmico?
O principal receio do mercado é de que a situação do Credit Suisse contamine o resto do setor bancário. Afinal, o banco é uma das principais instituições financeiras do mundo.
Mas analistas apontam que os riscos de o banco dar calote parecem superestimados.
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“Entendemos a natureza das preocupações, mas a situação atual é completamente diferente de 2007, uma vez que o balanço é fundamentalmente diferente em termos de capital e liquidez, e nós estamos com dificuldade de enxergar algo sistêmico”, disse um analista do Citigroup em relatório.