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Caixa vê lucro líquido crescer 31% em 2021 apesar de quarto trimestre mais fraco; entenda

Caixa; Pedro Guimarães

A Caixa Econômica Federal anunciou lucro líquido de R$ 3,218 bilhões no quarto trimestre de 2021, queda de 43% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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No acumulado o ano, o banco público lucrou R$ 17,268 bilhões, o que representa uma expansão de 31%. O aumento do crédito e das receitas com prestação de serviços contribuíram para o crescimento do lucro em 2021.

Apesar disso, a forte queda no trimestre pode ser explicada pela base de comparação, que foi inflada nos meses finais de 2020 por conta de valor recebido pelo banco com a conclusão da parceria estratégica nos ramos de seguros de vida, prestamista e previdência com a Caixa Seguridade. Por isso, no quarto trimestre de 2020 chegou a R$ 5,7 bilhões.

Em 2021, a Caixa concedeu R$ 436,5 bilhões em crédito, aumento de 3,9% em relação a 2020. A carteira de crédito ampliada da Caixa terminou o ano em R$ 867,6 bilhões, crescimento de 10,2% em 12 meses.

A expansão foi puxada por linhas como o financiamento imobiliário, o carro-chefe do banco, com avanço de 9,2%, e no crédito comercial para pessoa física, com alta de 19%. A carteira de agronegócio, novo foco do banco, disparou 113%.

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A Caixa terminou 2021 com ativos que totalizavam R$ 1,452 trilhão, mostrando estabilidade em relação ao quarto trimestre de 2020.

Se levarmos em consideração os recursos do FGTS, o banco tem sob sua administração R$ 2,674 trilhões em ativos. Já o patrimônio líquido somou R$ 111,5 bilhões, aumento de 20,2% em 12 meses.

Crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal acompanhou seus pares privados em 2021 e viu seu lucro saltar 31% na comparação com o ano anterior, graças à queda do custo de crédito e ao aumento da carteira, principalmente no ramo imobiliário, no qual é líder de mercado.

No ano passado, a Caixa concedeu R$ 140,6 bilhões em crédito imobiliário, recorde histórico e alinhado com o apetite do consumidor brasileiro pela casa própria.

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O setor espera desaceleração neste ano: o financiamento imobiliário deve crescer 2%, estima a Abecip, após saltar 46% em 2021.

O banco público promete novos recordes neste ano, mas terá de enfrentar um ambiente mais difícil para as vendas de ativos (ou de parte deles).

A Caixa quer crescer mais, ao menos 10%. O segredo pode estar no FGTS: o banco público domina as concessões via programa Casa Verde e Amarela, que utiliza recursos do fundo.

O financiamento via FGTS deve crescer 30% neste ano, calcula a Abecip, enquanto os empréstimos com recursos da poupança devem cair 5%.

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As ofertas de ações da Caixa Asset e da bandeira de cartões Elo, as próximas da fila, podem não avançar, em meio ao fraco apetite dos investidores por novos papéis na B3.

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Despesas de pessoal

As despesas da Caixa Econômica Federal com pessoal somaram R$ 6,393 bilhões no quarto trimestre de 2021, queda de 2,1% em relação ao mesmo período de 2020. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, porém, subiram 6,1%.

No acumulado de 2021, as despesas com pessoal do banco público avançaram 2,2%, para R$ 23,219 bilhões. No ano passado, a Caixa foi na contramão da maior parte dos grandes bancos brasileiros (entre eles o também público Banco do Brasil), e reforçou seu quadro, com 5.656 colaboradores a mais.

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A CEF encerrou o ano com 94.404 empregados, segundo informe de resultados divulgado na manhã desta quinta-feira. Em relação a setembro, eram 2.478 funcionários a mais.

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*Com informações do Estadão Conteúdo

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