A safra balanços das empresas brasileiras está em sua última semana e alguns nomes que chamam a atenção dos investidores deixaram para divulgar seus resultados bem perto do apagar das luzes da temporada. Esse é o caso da Méliuz (CASH3), que publicou os números do quarto trimestre nesta terça-feira (29).
A plataforma de cashback registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 34,3 milhões em 2021, revertendo o lucro de R$ 19,6 milhões reportado no ano anterior. A receita líquida avançou 110%, para R$ 263,5 milhões, na mesma base de comparação.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da sigla em inglês) também reverteu os R$ 30,3 milhões positivos registrados em 2020 e ficou negativo em R$ 34,9 milhões.
Por outro lado, o número de usuários ativos cresceu 76% na comparação anual e encerrou 2021 em 9,4 milhões, com 22,4 milhões de contas totais. A taxa média de abertura de novas contas subiu 69%, para 33 mil por dia útil.
Méliuz (CASH3) entrou de cabeça no universo cripto
No início deste mês a companhia também deu mais um passo para efetivar sua entrada no universo das criptomoedas. O conselho de administração da companhia aprovou a incorporação da Alter, a corretora de criptomoedas adquirida pela companhia em julho do ano passado.
A compra da Alter marcou a entrada da Méliuz no mundo das criptomoedas. A companhia pagou R$ 26 milhões pela corretora. Assim, a plataforma de cashback abriu a possibilidade de devolver parte do dinheiro das compras dos usuários em moedas digitais.
A área de serviços financeiros, inclusive, é uma das apostas da Méliuz para ampliar o negócio. A companhia já anunciou que terá uma conta digital gratuita, um novo cartão de crédito próprio e o investimento em bitcoin.
Com isso, os usuários poderão utilizar os serviços de compras e realizar operações financeiras no mesmo aplicativo. A plataforma encerrou o ano com 9,4 milhões de usuários ativos.