A Amazon (AMZO34) é mais uma das big techs norte-americanas a ter suas ações atropeladas nesta semana. E, na placa do caminhão, estavam os números do balanço do terceiro trimestre.
O lucro diluído por ação foi de US$ 0,28, contra US$ 0,31 no terceiro trimestre de 2021. Apesar da queda, o número veio acima dos US$ 0,22 por papel projetados pelo FactSet.
Por volta das 17h30 desta quinta-feira (27), os papéis da companhia recuam 20,5%, a US$ 88,24, nas negociações after hours em Nova York após a divulgação de que o lucro líquido da companhia recuou 9%, em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 2,8 bilhões.
"A última vez em que as ações reagiram tão mal a uma divulgação de resultados foi em julho de 2006", relembra o analista da Empiricus Richard Camargo.
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A situação preocupa ainda mais quando se trata do quadro geral deste ano: a Amazon acumulou um prejuízo de US$ 3 bilhões entre janeiro e setembro, revertendo o lucro líquido de US$ 19 bilhões registrado nos primeiros noves meses de 2021.
Já as vendas líquidas avançaram 14,7% ante o 3T21 e chegaram a US$ 127,1 bilhões, mas ficaram abaixo das expectativas do mercado. "Se considerado um dólar neutro, as vendas teriam crescido 19%", comenta Camargo.
No acumulado de 2022 a alta foi mais tímida, de 9,74%, para US$ 364,8 bilhões. Mas, de acordo com o analista, a grande decepção do mercado foi o guidance da companhia.
A Amazon espera vender entre US$ 140 bilhões e US$ 148 bilhões neste ano, um crescimento de 2% a 8%. "No consenso dos analistas, a estimativa era mais próxima de US$ 155 bilhões", explica Camargo.
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