Se tem uma palavra que o mercado adora, poderíamos dizer que é "visibilidade". Afinal, é algo essencial para planejar qualquer investimento. E foi de olho na visibilidade que será dada aos acionistas da Alupar (ALUP11) que o JP Morgan elogiou a nova política de dividendos da companhia.
A partir de agora, a Alupar vai pagar rendimentos mínimos de 50% dos ganhos regulatórios — similar ao lucro líquido, pois ele desconsidera efeitos "não caixa”.
Segundo a própria companhia de energia, isso vai expressar melhor o fluxo de caixa da Alupar, que é justamente um dos pontos positivos indicados pelos analistas do banco em relatório.
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Além disso, a empresa ainda prevê que a distribuição aconteça a cada três meses, com pagamentos em no máximo 60 dias contados a partir da data de deliberação sobre a remuneração.
Segundo o JP Morgan, a companhia continua sendo sua preferida no setor de transmissão, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 26,86 — um potencial de alta modesto, de apenas 0,97%.
Os analistas explicam que antes, a Alupar era obrigada a distribuir apenas 25% do lucro, algo que não refletia totalmente a geração de caixa da empresa.
Isso acontecia porque a contabilização de ativos financeiros ou contratuais traz volatilidade ao lucro, tornando a tarefa de projetá-lo mais difícil, assim como dos dividendos.
"Avaliamos a mudança como positiva, pois aumenta a visibilidade e a distribuição acima do pagamento mínimo pode aumentar os rendimentos", diz o relatório.
O balanço da Alupar (ALUP11)
A Alupar (ALUP11) informou seu resultado referente ao terceiro trimestre na última quarta-feira (9) e os números dividiram opiniões, já que neste setor existe o resultado societário e o resultado regulatório.
No período, a empresa anotou um lucro societário de R$ 115 milhões, redução de 52%.
Já o lucro líquido regulatório foi de R$ 146,5 milhões, o que representa um crescimento de 97% em relação ao mesmo período de 2021.
Para os analistas, a Alupar é um tipo bom de empresa para ter na carteira, já que possui receitas previsíveis por trabalhar com a prestação de um serviço essencial. Por isso, ela tende a entregar bons dividendos no futuro.
Chama a atenção o potencial de desalavancagem da empresa e seus novos projetos bem sucedidos.