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‘Terceira guerra mundial começou’, diz gestor de investimentos após defender intervenção da China e pausa na compra de petróleo e gás russo para sufocar Putin

Mulher segura um cartaz escrito em inglês Stop War em meio a manifestantes com bandeira da Ucrânia | Rússia

Mulher segura placa com os dizeres "Fim da Guerra. Ajude a Ucrânia"

No início de 2020, quando menos de 7.000 casos de covid-19 estavam confirmados nos Estados Unidos, o bilionário Bill Ackman pediu um bloqueio nacional de 30 dias e alertou que “o inferno está chegando”. Agora, o gestor de fundos norte-americano faz um novo alerta: a Terceira Guerra Mundial já começou. 

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“Em janeiro de 2020, tive pesadelos com o potencial de uma pandemia, mas todos pareciam pensar que eu estava louco. Estou tendo pesadelos semelhantes agora”, disse Ackman em sua conta no Twitter no sábado.

Em uma sequência de mensagens, o bilionário afirma que “a Terceira Guerra Mundial provavelmente já começou, mas demoramos a reconhecê-la”. 

Ele, no entanto, acrescentou que “há muito mais que podemos fazer antes de entrarmos em uma guerra quente com a Rússia” a exemplo da suspensão das compras de petróleo e gás russo. 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, emitiu nesta segunda-feira (07) um novo apelo por um boicote internacional ao petróleo russo.

Autoridades da União Europeia (UE) estão preparadas para discutir amanhã propostas para acabar com a dependência do bloco dos combustíveis fósseis russos, e a Casa Branca estuda a suspensão da importação de petróleo de Moscou.

Provocações a Putin

Ackman – que é CEO da Pershing Square Capital – defendeu o fornecimento de armamento melhor, inteligência e drones para que os membros da Organização do Atlântico Norte (Otan) ajudem Zelensky sem colocar tropas em solo ucraniano. 

“Os ucranianos com as armas e os recursos certos provaram que têm o que é preciso para vencer a guerra, a menos e até que Putin se torne nuclear”, disse ele.  

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Na semana passada, Putin colocou as forças de dissuasão nuclear da Rússia em alerta máximo, dizendo que era uma resposta defensiva à condenação ocidental de sua invasão à Ucrânia. 

Na ocasião, o presidente russo alertou que qualquer país que tentasse interferir na Ucrânia sofreria consequências nunca vistas antes na história.

“Nossa razão para não fazer mais parece ser nosso medo de provocar Putin”, afirma Ackman.

Mas o bilionário ressaltou que o Ocidente já provocou o presidente russo, Vladimir Putin, dando aos ucranianos as armas que lhes permitiam frustrar os avanços da Rússia.

Vários países em todo o mundo forneceram armas e financiamento à Ucrânia para ajudar Kiev a se defender das forças invasoras. 

O governo norte-americano, por exemplo, já pediu ao Congresso que aprove bilhões de dólares em financiamento para a Ucrânia desde que a Rússia lançou seu ataque, em 24 de fevereiro.

China: a chave para o fim da guerra

Especulando que o conflito na Ucrânia "só vai piorar", Ackman disse que a única maneira de impedir a Rússia de atacar mais países é o Ocidente usar todas as sanções econômicas disponíveis.

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Se as sanções não tiverem impacto nas ações de Putin, acrescentou Ackman, a Otan deveria reconsiderar a aplicação de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.

Em última análise, o bilionário argumentou que a chave para acabar com a crise é a Ucrânia sentar à mesa com a China.

“A única maneira otimista que vejo desta guerra é a China intervir e intermediar um cessar-fogo real e um acordo”, disse ele. 

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“No acordo, os ucranianos podem concordar que nunca se juntarão à Otan. A Rússia, por sua vez, pode se retirar e as sanções podem ser revertidas”.

“Putin respeita e provavelmente teme a China”, afirmou Ackman. “A China pode se elevar no cenário mundial ajudando a resolver essa crise. O tempo está acabando antes que muitas outras crianças morram.”

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