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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Balanço do mês

Bolsa e fundos imobiliários passam por virada em agosto e ficam entre os melhores investimentos do mês; bitcoin volta para a lanterna

Primeiro lugar, no entanto, ficou com os títulos prefixados, beneficiados pela perspectiva de que a taxa Selic finalmente deve parar de subir

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
31 de agosto de 2022
19:49 - atualizado às 11:09
Imagem mostrando casas de brinquedo enfileiradas, com uma seta vermelha que sobe e desce sobre os telhados. É um símbolo do desempenho dos fundos imobiliários (FIIs) | Dividendos RECR11 fundo imobiliário Maxi Renda MXRF11 KINP11 CPTS11 HCTR11
Fundos imobiliários agora são destaque no ano, após renascimento em agosto. - Imagem: iStock

Enquanto o aperto monetário nos Estados Unidos preocupa os ativos de risco globais, no Brasil o fim para a alta da Selic já está à vista. E essa perspectiva foi o que marcou o bom desempenho dos melhores investimentos de agosto por aqui.

Os campeões foram os títulos prefixados de prazos mais longos disponíveis hoje no Tesouro Direto, com vencimentos em 2029 e 2033, os mais beneficiados diretamente pelos indícios de controle inflacionário vistos no mês de agosto e pela sinalização, por parte do Banco Central, de que os juros finalmente pararam de subir.

Em seguida, as ações e os fundos imobiliários assistiram a uma verdadeira virada e, de um desempenho fraco no acumulado do ano, passaram a exibir uma alta formidável.

Com desempenho negativo em 2022 até o fim de julho, o Ibovespa subiu 6,16% em agosto, fechando o mês aos 109.522 pontos, uma alta agora de 4,48% no acumulado do ano.

O principal índice de ações da bolsa brasileira também foi ajudado pela entrada de recursos estrangeiros na B3 com o otimismo dos investidores lá fora na primeira metade do mês.

Já o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), que até o fim de julho tinha alta de apenas 0,33% no ano, avançou 5,76% em agosto, e agora acumula alta de 6,11% no ano.

Trata-se simplesmente de um dos melhores desempenhos de 2022 entre os ativos e indicadores acompanhados pelo Seu Dinheiro, que pode ser colocado na conta da melhora do cenário para juros e inflação, bem como da retomada da economia.

Na ponta oposta do ranking, por outro lado, vemos novamente o bitcoin, que havia conseguido o melhor desempenho de julho, mas em agosto tornou a cair e voltou para a lanterna. A queda em reais foi de 13,61%, para a faixa dos R$ 104 mil, enquanto em dólares, a criptomoeda recuou 13,80%, para a faixa dos US$ 20 mil.

Veja o ranking completo na tabela a seguir:

Melhores investimentos de agosto

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Tesouro Prefixado 20296,48%-
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 20336,32%-
Ibovespa6,16%4,48%
IFIX5,76%6,11%
Tesouro IPCA+ 20454,35%-9,83%
Tesouro Prefixado 20252,90%3,62%
Tesouro IPCA+ 20352,41%-2,11%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20402,28%0,63%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20552,18%-1,53%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20321,54%-
Tesouro Selic 20251,19%8,01%
Tesouro Selic 20271,12%8,27%
CDI*1,12%7,72%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*0,93%7,47%
Poupança antiga**0,74%5,05%
Poupança nova**0,74%5,05%
Tesouro IPCA+ 20260,63%4,65%
Dólar à vista0,53%-6,71%
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)*0,48%5,28%
Dólar PTAX-0,17%-7,18%
Ouro-1,72%-13,64%
Bitcoin-13,61%-59,53%
(*) Até dia 30/08. (**) Poupança com aniversário no dia 26.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

Topo à vista!

No início de agosto, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou a taxa básica de juros em mais 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano, conforme era esperado pelo mercado, mas sinalizou que poderia cessar o atual ciclo de alta da Selic já na próxima reunião, estacionando a taxa neste patamar.

Embora o juro um pouco mais alto tenha incrementado o retorno das aplicações pós-fixadas, como o Tesouro Selic e as debêntures atreladas ao CDI, a perspectiva de um fim para a alta da Selic, aliada a um enfraquecimento nos preços locais, animou os ativos que sofrem com o aperto monetário, como é o caso das ações e fundos imobiliários.

Como você vai ver mais adiante, no ranking das melhores ações do mês, os destaques do Ibovespa foram inclusive as ações de varejistas e empresas de tecnologia, dois dos setores que mais sofrem com os juros em alta.

Os juros futuros viram certo alívio, o que reduziu as taxas dos títulos públicos prefixados e atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), consequentemente valorizando-os.

Aliás, o fim da alta de juros aliado a um alívio inflacionário é um tipo de cenário que costuma beneficiar os prefixados mais até que os Tesouro IPCA+, o que explica a valorização mais forte dos primeiros.

Bear market rally

Outro fator a impulsionar as ações brasileiras em agosto foi o otimismo que tomou conta das bolsas americanas enquanto os investidores acreditavam que talvez o Federal Reserve, o banco central americano, fosse encerrar o ciclo de alta de juros em breve.

A B3 recebeu um incremento no fluxo de estrangeiros, o que impulsionou o Ibovespa na primeira metade do mês.

No entanto, a esperança parece ter ido por água abaixo depois da fala do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na última semana, reafirmando seu compromisso de conter a inflação e sugerindo estar disposto a medidas duras.

O otimismo visto lá fora, portanto, pode ter sido um pouco precipitado, constituindo apenas em um bear market rally (rali de mercado de baixa, no jargão do mercado) - aquele típico momento, durante bear markets, em que o mercado vê um rali de alta.

Assim, para setembro é possível que a bolsa brasileira veja mais cautela, até porque estaremos às vésperas das eleições presidenciais, evento que tende a aumentar a volatilidade do mercado por aqui.

Já no caso dos fundos imobiliários e títulos públicos prefixados e atrelados à inflação, o cenário para frente é mais positivo, desde que a perspectiva para inflação e juros locais permaneça otimista, indicando controle inflacionário e o fim do ciclo de alta da Selic - ou até o futuro início de uma queda.

Ações com melhor desempenho em agosto

EmpresaCódigoDesempenho no mês
PositivoPOSI372,45%
Magazine LuizaMGLU365,50%
AzulAZUL439,47%
LocawebLWSA337,22%
ViaVIIA334,17%
Grupo SomaSOMA334,12%
Grupo Pão de Açúcar (GPA)PCAR332,80%
MéliuzCASH325,71%
CieloCIEL325,63%
Petrobras ONPETR321,55%
Fonte: Broadcast/B3

Ações com pior desempenho em agosto

EmpresaCódigoDesempenho no mês
BraskemBRKM5-17,39%
IRBIRBR3-14,14%
SuzanoSUZB3-8,06%
Telefônica (Vivo)VIVT3-7,85%
Natura &CoNTCO3-7,57%
YduqsYDUQ3-7,32%
UsiminasUSIM5-6,97%
JBSJBSS3-6,95%
EngieEGIE3-6,26%
CSNCSNA3-6,19%
Fonte: Broadcast/B3

Dólar andou meio de lado

Com a perspectiva de um aperto monetário duro nos Estados Unidos, o dólar continuou se valorizando globalmente em agosto, mas a força ante o real foi menor, com a melhora do cenário de inflação e juros por aqui.

Assim, o dólar à vista fechou com alta de apenas 0,53%, a R$ 5,20, enquanto a moeda americana se valorizou mais de 2% ante as divisas de países desenvolvidos. Já a taxa de câmbio PTAX mostrou uma queda de 0,17% no mês, com o dólar fechando cotado a R$ 5,18.

A força global da moeda americana também contribui para o enfraquecimento do ouro, uma vez que os investidores preferem buscar proteção nos títulos do Tesouro americano, cuja rentabilidade vem subindo, do que permanecer numa commodity que não paga juros.

Bitcoin

A queda do bitcoin em agosto mostra uma continuidade da luta da criptomoeda pelo patamar de US$ 20 mil, que vem sendo travada desde o início de julho. O ativo ora se encontra um pouco acima, ora um pouco abaixo desse valor, mas a âncora simbólica permanece ali.

Atualmente, a maior criptomoeda do mundo se vê muito afetada pela política monetária americana, assim como as ações de empresas de tecnologia. Juros mais altos nos EUA e menos dinheiro circulando no mundo representam também menos recursos para investimentos arriscados como as criptomoedas.

E se na primeira metade do mês o bitcoin acompanhou a euforia das bolsas americanas, desde as falas mais duras de Powell, tem sido ladeira abaixo.

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