O Banco Central divulgou novo balanço das consultas realizadas no Sistema de Valores a Receber (SVR) e, até as 18h desta quarta-feira (16) foram quase 87 milhões de buscas por CPFs e CNPJs na plataforma. Deste total, 85,312 milhões referem-se a pessoas físicas e 1,684 milhão a pessoas jurídicas.
De acordo com os dados divulgados pelo BC, 17,5 milhões de cidadãos têm saldos em contas antigas e 241,521 mil empresas verificaram a existência de valores a serem recuperados.
Os valores a receber serão conhecidos apenas no momento do resgate, que foi escalonado em três grupos para evitar uma corrida bancária. A estimativa do Banco Central é de haja um total de R$ 8 bilhões a serem recuperados, dos quais R$ 3,9 bilhões devem ser liberados nesta etapa - para mais de 28 milhões de cidadãos e empresas.
Para saber quanto receberá de volta, será necessário estar cadastrado na plataforma Gov.br do governo federal, com um nível de acesso prata ou ouro - que demandam mais autenticações, como reconhecimento facial e autorização via aplicativo do banco. A divisão de agendamentos foi feita de acordo com o ano de nascimento ou de criação da empresa.
Quem não estiver apto agora poderá tentar novamente a partir de 2 de maio, quando uma nova fase será aberta na plataforma, incluindo mais "saldos esquecidos".
Cuidado com os golpes
O SVR nem havia entrado no ar e já era utilizado em golpes financeiros. O anúncio de seu lançamento, em 24 de janeiro, foi seguido pela criação de dezenas de sites falsos.
Os golpistas também têm utilizado o WhatsApp para enganar os consumidores. Uma forma de fraude pede que a vítima repasse uma mensagem a 10 contatos de sua rede no aplicativo
Quem compartilha a mensagem é encaminhado para sites falsos que sempre apontam que há um valor entre R$ 1 mil e R$ 4 mil "esquecido" em seu nome. Ao usuário também é solicitado que registre o nome completo, CPF e sua chave Pix com a promessa de saque instantâneo do dinheiro.
Não caia nessa
Em comunicado divulgado na semana passada, o Banco Central reforça que a instituição não pode pedir que o cidadão informe seus dados pessoais ou sua senha de acesso para regaste dos valores no SVR. É importante manter isso em mente para evitar golpes financeiros.
O BC reforça que não envia a links nem entra em contato com o cidadão para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.
Além disso, também não é preciso fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Portanto, nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.
*Com informações do Estadão Conteúdo