Site icon Seu Dinheiro

Em aceno ao agronegócio, Lula altera diretrizes de governo; veja o que mudou

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou durante o fim de semana uma nova versão de suas diretrizes de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O documento, intitulado "Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil", mantém os mesmos 121 tópicos distribuídos pelas mesmas 21 páginas.

Protocolado no sábado, o novo documento traz duas alterações em relação às versão anterior, publicada em junho.

Uma é a retirada de menção à "regulação da agroindústria" e a outra é a inclusão de uma medida do governo do ex-presidente para combate à corrupção, de 2003.

Veja o que mudou no programa de Lula em relação ao agro

No texto apresentado ao TSE em junho constava: "É imprescindível agregar valor à produção agrícola, com regulação e a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A nova versão diz: "É imprescindível agregar valor à produção agrícola com a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial".

Lula e o combate à corrupção

A outra alteração foi feita na página 19. Ao argumentar que os governos petistas criaram uma "inédita política de Estado" de prevenção à corrupção, Lula incorporou um mecanismo desenvolvido no início de seu primeiro governo, pelas mãos do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

A primeira versão das diretrizes destacava: "Os nossos governos populares instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública. Criamos a Controladoria-Geral da União e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização".

Agora, o texto é grafado da seguinte forma: "Os nossos governos populares instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública. Criamos a Controladoria-Geral da União, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem De Dinheiro (ENCCLA) e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que é a ENCCLA

A menção à ENCCLA constava na versão do documento divulgada antes do registro da candidatura, e agora voltou ao texto.

Trata-se de uma iniciativa que nasceu no Ministério da Justiça, em 2003, para viabilizar no Brasil uma dinâmica estatal com a participação de vários órgãos para combate coordenado aos crimes de lavagem de dinheiro e de corrupção.

A Estratégia ainda vigora e reúne periodicamente dezenas de órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas três esferas, além de Ministérios Públicos e associações que atuam, direta ou indiretamente, na prevenção e combate a esses crimes.

Uma das pautas desses órgãos ao longo dos anos era a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, dispositivo que levou Lula à cadeia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A campanha de Lula informou que as mudanças são apenas revisões do texto e já estavam anunciadas, sem alterações de mérito.

Veja também: LULA OU BOLSONARO: quem a Faria Lima apoia nas ELEIÇÕES DE 2022?

Exit mobile version