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Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
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Paris é uma festa? Saiba por que o euro está caindo ainda mais que o dólar e se está na hora de comprar

Euro e dólar estão cada vez mais perto de atingir a paridade, algo que não acontece desde os primeiros anos de vida da moeda europeia

Flavia Alemi
Flavia Alemi
27 de maio de 2022
6:15 - atualizado às 18:15
euro
Imagem: Flavia Alemi

Enquanto o dólar roubava a cena no começo do ano, em meio a sucessivas quedas ante o real, a desvalorização de outra moeda importante foi passando à luz dos brasileiros: o euro.

A moeda europeia atingiu agora em maio sua cotação mínima em relação ao dólar em mais de cinco anos.

O movimento fez com que especialistas começassem a prever que as moedas atingiriam a paridade pela primeira vez em 20 anos.

Vale pontuar que a última vez que isso aconteceu foi nos primeiros anos de vida da moeda, criada em 1999.

De acordo com a maior gestora da Europa, a Amundi, dentro dos próximos seis meses o euro deve estender a queda a ponto de atingir a paridade com o dólar.

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E, se olharmos os números, isso não parece nem um pouco uma realidade remota.

No dia 13 de maio deste ano, o euro estava valendo US$ 1,0385, na mínima desde 20 de dezembro de 2016, quando atingiu US$ 1,0364.

Comparando com o real, o euro ainda está mais alto hoje do que antes da pandemia, mas perdeu bastante fôlego desde o começo de 2022. De janeiro até agora, o euro PTAX do Banco Central caiu 19%, mais do que o dólar PTAX, que acumula uma baixa de 14% em relação à nossa moeda.

Se o momento parece bom para transformar reais em euros e garantir o champanhe na Torre Eiffel, será que é apropriado também para investir na moeda? Se sim, de que forma? Será que essa desvalorização é passageira?

Antes de responder, vou precisar explicar como chegamos até aqui.

O euro no olho do furacão

Entramos no ano de 2022 com uma perspectiva complicada para a economia global. A inflação já se mostrava cada vez mais disseminada, o que estimulou bancos centrais em todo o mundo a apertarem a política monetária.

Mas a invasão da Ucrânia pela Rússia elevou ainda mais as dificuldades do Banco Central Europeu (BCE) em conter a alta de preços.

Em meio à guerra e sanções contra a economia russa, os preços dos combustíveis dispararam em todo o mundo, já que o país é um dos maiores produtores.

E, se a inflação já estava alta, ganhou novo ímpeto com a guerra.

O último a subir os juros

Nos países que adotam o euro como moeda, a inflação anualizada atingiu 7,4% em abril, bem distante da meta do BCE de 2%. Na União Europeia como um todo, o índice acumula alta de 8,1%.

Porém, mesmo assim, o BCE ainda não elevou os juros devido a temores de recessão na região.

Nos Estados Unidos, por outro lado, o Federal Reserve (Fed) já subiu os juros em 0,75 ponto porcentual apenas neste ano e a inflação por lá tem pedido ainda mais apertos monetários. 

Com um rendimento mais atrativo, o fluxo de capital migrou para os norte-americanos. Por isso, vimos o dólar se fortalecer perante outras moedas fortes no começo do ano, como mostra o gráfico abaixo.

Ao mesmo tempo, países importantes que fazem negócios com a Europa, como a China, estão passando por dificuldades.

“O enfraquecimento dos principais parceiros comerciais da Europa reduziu a demanda por euro para se fazer negócios por lá”, diz João Piccioni, sócio e analista da Empiricus especializado em ativos no exterior.

E assim chegamos a uma relação de quase paridade entre o dólar e o euro.

Para onde vai o euro?

Ok, o euro está enfraquecido, mas como será daqui para frente? Bem, fazer previsão para câmbio é uma tarefa bastante complicada e é possível encontrar teses para todas as direções.

Para o gestor de moedas da gestora ACE Capital, Ricardo Cattaruzzi, o movimento de queda mais forte do euro parece ter se interrompido.

“No curto prazo, a gente está num movimento de correção da queda”, diz Cattaruzzi.

O gestor avalia que, conforme o BCE elevar os juros, é esperado que o fluxo de capitais volte para a Europa, e isso pode fazer com que o euro suba bastante. A gestora, que tem mais de R$ 4 bilhões sob gestão, está com posição comprada em euro.

Já o Bank of America (BofA), em seu estudo de correlação de moedas, aponta que o mercado não espera que o euro seja o principal impulsionador do câmbio daqui em diante.

O BofA utiliza dois métodos para analisar a correlação entre as moedas: a correlação realizada e a implícita

Na realizada, a correlação é calculada entre os retornos de dois pares de moedas que utilizam a mesma base, por exemplo, o euro-dólar e o euro-libra.

Já na implícita, o cálculo é derivado da volatilidade das opções de câmbio e pode ser considerada como a visão dos investidores sobre o que vai mexer com o câmbio no futuro.

No caso do euro, ambos os métodos mostram que a correlação do euro está em queda e a do dólar em alta.

A correlação crescente significa que os dois pares de moedas estão se movendo mais em conjunto, enquanto a correlação em queda significa que os pares estão divergindo.

“O mercado não espera que o euro seja um impulsionador persistente para a movimentação do câmbio”, escreveram os analistas Vadim Iaralov e Howard Du em relatório do BofA.

Como você pode investir?

Depois dessa explicação, vamos a algumas opções de como expor sua carteira ao euro.

Primeiramente, como já mencionado, se o seu objetivo é viajar para a Europa, agora parece ser um bom momento para comprar a moeda.

Mas, do ponto de vista de investimentos, o João Piccioni, da Empiricus, tem duas recomendações de recibos de ações (BDR):

  • ASML Holdings (ASML34): a empresa holandesa produz máquinas para a indústria de microchips e tem posição de liderança no mercado. “Como a demanda deve continuar aquecida, independentemente do cenário macroeconômico, enxergamos como um bom investimento de longo prazo”, diz Piccioni. A estratégia é ficar comprado no papel.
  • ETF EWG (BEWG39): o Exchange Traded Fund (ETF) EWG, que é composto por ações alemãs, também está disponível na B3 sob a forma de BDR. “A tese aqui envolve justamente o enfraquecimento do euro, misturado às dificuldades das empresas industriais presentes no portfólio. A questão do gás natural é crucial para essas companhias. Sem ele, a lucratividade dessas empresas deve cair substancialmente. E, consequentemente, deveria gerar toda uma reprecificação dos negócios no país”, explica Piccioni. Por isso, a tese é operar vendido.

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