O sistema de pagamentos instantâneos, conhecido popularmente como Pix, ganhou o carinho da torcida com pouco mais de um ano de funcionamento. Essa modalidade de transação superou os volumes de TED, DOC e até dos conhecidos boletos.
Mas a questão da segurança sempre foi uma pulga atrás da orelha dos mais céticos com pagamentos instantâneos, e hoje o medo virou realidade.
Nesta sexta-feira (21), o Banco Central comunicou um vazamento de dados pessoais vinculados a chaves Pix que estavam sob a guarda e a responsabilidade da empresa Acesso Soluções de Pagamento.
De acordo com a nota do BC, “não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações e saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário”.
Contudo, entre os dados potencialmente expostos estão nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento e número de agência e conta de 160.147 chaves Pix. A ocorrência foi observada entre 3 e 5 de dezembro de 2021.
O Banco Central afirma ainda que os dados vazados são apenas de natureza cadastral, ou seja, não são suficientes para fazer movimentações financeiras ou dar acesso às contas ou quaisquer outras informações do usuário.
Os usuários afetados pelo vazamento de dados serão notificados por meio do aplicativo de seus respectivos bancos. Nem o BC nem as instituições financeiras usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail.
Em nota, o BC afirma que adotou as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e aplicará as medidas sancionadoras previstas na regulamentação vigente.
"Os usuários afetados pelo vazamento dos dados serão comunicados diretamente pelas instituições em que a chave PIX está registrada. Reforçamos que tomamos, de forma tempestiva, todas as providências necessárias para garantir a segurança das informações mantidas pela Companhia e o nosso compromisso em manter o mercado e nossos parceiros informados", disse a Acesso, em nota.