Muita água ainda vai rolar por baixo da ponte da crise envolvendo a FTX.
Um dia depois de ter entrado com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, a exchange de criptomoedas anunciou neste sábado que está transferindo fundos para carteiras offline depois de ter detectado uma série de “transações não autorizadas”.
O assessor jurídico da FTX nos EUA, Ryne Miller, informou por meio de um tuíte hoje que a exchange está acelerando a migração de todos os ativos digitais para armazenamento offline “para mitigar os danos ao observar transações não autorizadas”.
Isso significa que os ativos estão sendo transferidos a wallets desconectadas da internet para protegê-los da ação de hackers.
Corrida ‘bancária’?
Na sexta-feira, Miller informou que a exchange está “investigando anormalidades com movimentos de carteira relacionados à consolidação de saldos em diferentes exchanges”.
Números divulgados pela empresa de análise Nansen, com sede em Cingapura, indicam que US$ 266 milhões foram sacados da rede da FTX em todo o mundo na sexta-feira, sendo US$ 73 milhões apenas nos Estados Unidos.
A empresa não se pronunciou sobre os saques.
FTX foi alvo de hack
Antes dos tuítes de Miller, funcionários da FTX confirmaram rumores de uma invasão de hackers contra o canal da empresa no Telegram.
“A FTX foi hackeada”, escreveu um administrador de conta no canal FTX Support Telegram, de acordo com a CoinDesk.
Crise na FTX derrubou criptomoedas
A crise da FTX derrubou as cotações do bitcoin e de outras criptomoedas nos últimos dias.
Bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) operam com leves oscilações neste sábado.
Entretanto, as duas principais criptomoedas do mundo acumulam queda de mais de 20% nos últimos sete dias.
Já o FTT, token da FTX, cai mais de 20% somente nas últimas 24 horas.
*Com informações da CNBC.