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Amor e ódio: Bitcoin (BTC) segue Wall Street e opera em baixa; entenda por que essa correlação é tão forte

Bitcoin

A conexão entre duas pessoas pode se dar de várias maneiras: interesses em comum, compartilhamento de experiências ou peculiaridades divertidas são apenas algumas delas. No caso do bitcoin (BTC) e de outras criptomoedas, essa ligação forte também existe — com o mercado de ações.

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E é exatamente essa sintonia fina com Nova York, que faz o BTC entrar na noite de sexta-feira (22) em queda, seguindo os passos do Nasdaq, com quem guarda correlação importante.

O gigante eletrônico de Wall Street não resistiu às perdas da Snap, cujas ações caíram 40% hoje depois de um resultado trimestral decepcionante. O movimento de perdas contamina o mercado de criptomoedas, que até ensaiou uma alta ao longo do dia, mas agora opera em baixa.

Por volta de 20h40, o bitcoin caía 1,86%, cotado a US$ 22,730,40. Confira as cotações de algumas das principais criptomoedas do mundo:

NomePreço24h %7d %
Bitcoin (BTC)US$ 22.730,401,86%9,20%
Ethereum (ETH)US$1.538,592,72%24,74%
Tether (USDT)US$1,000,00%0,04%
USD Coin (USDC)US$ 1,000,02%0,00%
BNB (BNB)US$ 262,551,12%10,15%
Fonte: coinmarketcap.com

A relação de amor e ódio com bitcoin

Podemos dizer que a correlação entre o bitcoin e as demais criptomoedas com o mercado de ações norte-americano é praticamente de amor e ódio.

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Se, por exemplo, o Nasdaq ou o S&P 500 sobem, há grande chance de os ativos digitais acompanharem — o problema é que o contrário também é verdadeiro.

E aqui fazemos uma pausa para lembrar que falhas em protocolos, falências e outros aspectos particulares do mercado cripto podem fazer com que essa ligação dse rompa e o bitcoin e sua trupe tenham um comportamento próprio.

Mas por que Nova York cai e o BTC também? Por duas questões básicas:

E é exatamente isso que está acontecendo neste momento: a economia dos EUA está flertando com uma recessão, enquanto o banco central norte-americano adota aumentos agressivos da taxa de juros para tentar segurar a inflação.

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"Quando as taxas de juros começam a aumentar, há uma competição por alocação de capital em títulos públicos, a renda fixa começa a pagar mais — isso significa que ativos de risco dão um retorno menor e como há uma correlação, uma queda, causa outra e todos os ativos mais arriscados caem", disse Felipe Veloso, fundador da Cripto Mestre.

Veja também: O pior para o BTC já passou?

E o futuro do bitcoin?

Prever o futuro não é uma tarefa fácil na vida e muito menos para os mercados — o que dirá para as criptomoedas.

Mas Veloso é categórico em dizer que a venda de bitcoin da Tesla ou o grande lançamento da atualização do ethereum (ETH), chamada de "grande fusão", nada tem a ver com o recente comportamento desses ativos digitais.

"A grande fusão ou a venda da Tesla nada tem a ver com o movimento recente do bitcoin ou do ethereum. A Tesla vendeu os BTCs porque precisava fazer caixa. A empresa não vendeu tudo, um sinal claro de que seu dono, Elon Musk, ainda acredita na moeda digital", afirmou.

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O dono da Cripto Mestre explica que as recuperações vistas recentemente no mercado cripto são de curto prazo, já que a economia dos EUA — e do mundo — está prestes a entrar em recessão, mas que um piso pode ser encontrado daqui pra frente.

"Na minha opinião, a nova média do bitcoin será entre US$ 20 mil e US$ 25 mil e a do ethereum, entre US$ 500 e US$ 1 mil até o próximo mercado de alta. E isso não significa que essa média é fixa, já que o mercado tem um comportamento não linear", afirma Veloso.

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