O TC Traders Club (TRAD3) está no grupo de empresas que não deveriam ter vindo a mercado em ofertas públicas iniciais de ações (IPO). A avaliação é de Guilherme Aché, sócio-fundador da Squadra, gestora conhecida por montar posições vendidas em ações no mercado e que ganhou notoriedade após defender a venda das ações da empresa de resseguros IRB Brasil (IRBR3).
“Abriu-se uma janela em que vieram várias empresas que não estão preparadas. Os negócios são pequenos, pouco testados”, disse Aché. Desde o IPO, as ações do TC acumulam queda de mais de 50%.
Aché deu a declaração originalmente em uma live promovida em novembro pela Liga de Mercado Financeiro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mas a transmissão voltou a circular nesta semana diante da forte queda dos papéis do TC neste início de ano.
O sócio da Squadra falou sobre o TC quando foi questionado sobre o relatório publicado pela casa de análise Empiricus — do mesmo grupo do Seu Dinheiro — que recomendou a venda de ações TRAD3.
“Uma parte importante dessas empresas não deveria ter vindo a mercado. Aí fica nessa briga de tentar vender sonho”, afirmou Aché, ao ponderar que o TC não está no grupo de empresas que a Squadra acompanha por ser muito pequena.
O TC captou cerca de R$ 600 milhões dos investidores no IPO na B3, no fim de julho, e chegou à bolsa avaliado em R$ 2,7 bilhões. Com a queda dos papéis, o valor de mercado da plataforma de serviços para investidores caiu para R$ 1,3 bilhão.
Você pode assistir à íntegra da entrevista com o gestor da Squadra neste link. O trecho em que Aché fala sobre o TC está logo abaixo:
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