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MRV (MRVE3) despenca mais de 11% após prévia do 3º trimestre; Itaú BBA rebaixa recomendação dos papéis, mas outras duas casas mantêm compra — saiba mais

Foto da sede da MRV (MRVE3) em Minas Gerais

A performance da Resia vinha sendo a grande responsável pelo otimismo com os números da MRV (MRVE3) ao longo deste ano — a subsidiária nos EUA é considerada “a galinha dos ovos de ouro” da construtora.

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Mas, sem vendas da incorporadora norte-americana no terceiro trimestre, a prévia operacional da MRV desapontou investidores e analistas — e provoca um tombo nos papéis da companhia nesta segunda-feira (17).

Por volta das 11h45, as ações MRVE3 anotavam a maior queda do Ibovespa com um recuo de 11,42%, cotadas em R$ 9,31. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.

Além da queda na bolsa, a prévia também motivou um corte na recomendação do Itaú BBA para os papéis MRVE3. Os analistas do banco rebaixaram de compra para neutra a avaliação para as ações da MRV, com preço-alvo de R$ 8.

Os números que desagradaram o mercado

Um dos pontos negativos foi o R$ 1,46 bilhão em vendas líquidas, uma queda de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

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A cifra veio abaixo do esperado pela XP e, segundo a corretora, foi afetada por outro fator além da Resia: a diminuição do volume de lançamentos na operação brasileira.

O Valor Geral de Vendas (VGV) dos novos projetos recuou 13,6%, na mesma base de comparação, para R$ 1,8 bilhão.

A XP explica que esse desempenho foi “moderado como o esperado”, pois a MRV tem sido mais seletiva com os lançamentos para aumentar a rentabilidade.

O Bradesco BBI destaca ainda que houve uma queima de caixa maior que a esperada no trimestre, de R$ 1,2 bilhão. Do total, R$ 942 milhões se referem a dívidas dos projetos da Resia.

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Há esperanças para a MRV (MRVE3)

Mas, mesmo com todas as dificuldades, os analistas ainda enxergam pontos positivos na prévia. Para a XP, por exemplo, a empresa manteve a tendência de alta do preço das unidades vendidas no Brasil, o que deve ajudar na recuperação das margens.

Já o Bradesco argumenta que dois dos efeitos negativos observados são temporários ou transitórios.

“As novas regras do programa Casa Verde e Amarela devem permitir a aceleração dos lançamentos e vendas no quarto trimestre e entregar margens melhores em 2023, enquanto o consumo de caixa da Resia deve continuar, mas equilibrado pela venda de projetos”, citam os analistas.

Considerando as boas perspectivas para o futuro da MRV, ambas as casas mantiveram a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 17. O valor implica em um potencial de alta de quase 80% em relação à cotação atual das ações MRVE3.

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