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Depois de um frio fora de época, JP Morgan eleva preço-alvo das Lojas Renner (LREN3) e mantém recomendação de compra

Fachada de unidade da Lojas Renner (LREN3)

Fachada de unidade da Lojas Renner (LREN3)

O frio atípico que tomou conta de parte do país neste ano não atrapalhou apenas a praia dos brasileiros. Com a alta procura por coleções de inverno, as peças de verão vêm apresentando uma performance abaixo do esperado, impactando as projeções do mercado para varejistas de moda.

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Apesar disso, os analistas do JP Morgan seguem otimistas com as ações da Lojas Renner (LREN3), elevando o preço-alvo dos papéis para R$ 37 — o que indica um potencial de alta de 21% em relação ao último fechamento. A recomendação de compra foi mantida.

Para o banco, as temperaturas mais baixas favoreceram as vendas das coleções de inverno a preços cheios, mas o prolongamento do clima frio para o mês de setembro gerou ventos contrários ao crescimento das receitas, por dificultar a introdução das coleções de verão.

Segundo os analistas, o fenômeno pode ter afetado as vendas da Renner em cerca de R$ 160 milhões, resultando num crescimento das vendas da divisão de varejo de apenas 14%, abaixo dos 21% esperados se não houvesse esse impacto.

No entanto, essa tendência deve perder força no terceiro trimestre, acredita o JP Morgan, e as Lojas Renner devem também ser favorecidas pela queda dos preços do algodão. 

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Os analistas do banco não descartam um crescimento menor da varejista, em relação aos trimestre anteriores, e espera que os resultados obtidos entre julho e setembro tragam volatilidade para as ações. O resultado do terceiro trimestre deve ser divulgado no dia 3 de novembro, após o fechamento dos mercados. 

No pregão desta quinta-feira (06), as ações da Renner (LREN3) estão entre as maiores altas do dia, em meio à estabilidade na curva dos juros futuros e maior cautela no exterior — fatores que impactam diretamente o Ibovespa e o setor de varejo, mais sensível aos juros. 

Por volta das 14h15 (horário de Brasília), os papéis LREN3 avançavam 2,70%, sendo negociados a R$ 31,72. 

Lojas Renner: roupas mais pesadas e sem estampas

Apesar da visão positiva do JP Morgan, o banco não deixa de citar os riscos da ação. As Lojas Renner ainda podem enfrentar alguns dias nublados pela frente. São eles: 

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Além disso, os analistas destacam o risco de menor retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de crédito à medida que os spreads (diferença entre os valores de compra e venda) são reduzidos antes de uma melhor disponibilidade de crédito. 

“Em nossas estimativas, as coisas ainda pioram no terceiro trimestre antes de começar a melhorar e normalizar em 2023”, diz o relatório. 

Por outro lado, a empresa tem a vantagem, na avaliação dos analistas, de ter uma estrutura de cadeia de suprimentos mais rápida que as concorrentes, o que permite a operação das lojas em cidades menores. 

A isso, somam-se também os investimentos no e-commerce, que devem, gradativamente, “dar frutos positivos”. 

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O verão vem aí

Mas se a coleção de verão da Renner acabou prejudicada pelo mau tempo, o JP Morgan vê dias mais quentes no horizonte da varejista. 

“A empresa ainda deve se beneficiar do volume limitado de sobras da coleção de inverno e do alto volume de vendas a preço cheio, provavelmente sustentando margem bruta em patamares semelhantes aos pré-pandemia”, afirmam os analistas. 

Por fim, a concorrência enfraquecida também deve permitir ganhos contínuos de participação de mercado e uma recuperação na alavancagem operacional. 

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