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Queda forte do petróleo pressiona e Ibovespa se firma em queda; dólar desacelera alta

Imagem de barril de petróleo sobre notas de dólar

Imagem de barril de petróleo sobre notas de dólar

A segunda-feira (28) começa em ritmo mais lento, com os investidores ainda de olho nos desdobramentos da guerra na Ucrânia e na perspectiva de que o Federal Reserve, o banco central americano, deve acelerar o ritmo de ajuste da sua taxa básica de juros. 

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No leste europeu, uma nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia deve ocorrer em Istambul, mas a possibilidade de um acordo são baixas, o que segue se refletindo na pressão nos preços de commodities como grãos, petróleo e gás natural. 

A maior novidade do dia fica com a decisão do governo chinês de decretar um lockdown de nove dias na região de Shangai como forma de controlar um novo foco de infecção da covid-19. A medida preocupa devido a possibilidade de que a cadeia produtiva seja mais uma vez interrompida e prejudicada, além da forte pressão sobre os preços do minério de ferro, já que a produção de aço deve ser prejudicada. 

Ainda falando em commodities, o movimento do petróleo pode limitar os ganhos do dia. O preço do barril recua mais de 6% no mercado internacional, repercutindo a possibilidade de que a restrição na China reduza a demanda.

Digerindo todas essas informações, o Ibovespa opera instável. Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 0,18%, aos 118.864 pontos. O dólar à vista devolve parte da forte queda recente e sobe 0,42%, a R$ 4,7701, acompanhando o movimento visto no exterior. No ano, a moeda americana acumula um recuo de 11%.

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O grande X da questão

Os próximos dias devem ser marcados por diversos pronunciamentos de dirigentes do Federal Reserve e o mercado observa com atenção as menções a uma possível aceleração do ritmo de aperto monetário. 

No Brasil temos a situação inversa. Os investidores ainda repercutem as últimas declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central brasileiro. Na semana passada, RCN disse achar improvável uma elevação de juros na reunião de junho, o que indica que a entidade deve encerrar o ciclo de alta da Selic em 12,75% ao ano. Mesmo com o boletim Focus mostrando que as perspectivas do mercado para a inflação segue se deteriorando, o mercado de juros opera em queda, na contramão da valorização do câmbio.

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2312,71%12,72%
DI1F25DI Jan/2511,32%11,43%
DI1F26DI Jan/2611,17%11,29%
DI1F27DI Jan/2711,21%11,32%

Destaque corporativo

Uma das principais notícias corporativas repercutidas hoje pelos investidores foi a indicação de Aldo Luiz Mendes para a chapa que irá compor o conselho de administração da BRF pela Marfrig e pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

Sobe e desce do Ibovespa

A valorização do dólar vista na sessão desta segunda-feira impulsiona o desempenho de empresas exportadoras, em especial os frigoríficos.Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEULTVAR
MRFG3Marfrig ONR$ 21,034,26%
BEEF3Minerva ONR$ 12,082,90%
BRFS3BRF ONR$ 17,462,71%
JBSS3JBS ONR$ 36,302,48%
ABEV3Ambev ONR$ 14,622,09%

Com o petróleo em queda, as companhias produtoras da commodity enfrentam uma segunda-feira complicada, mas o pior desempenho fica com a Locaweb. A empresa foi duplamente rebaixada pelos analistas do Bradesco BBI. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 9,58-4,77%
BPAN4Banco Pan PNR$ 10,19-3,96%
GETT11Getnet unitsR$ 3,53-3,81%
PRIO3PetroRio ONR$ 24,37-3,41%
EZTC3EZTEC ONR$ 19,30-3,36%
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