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Ibovespa ignora cautela internacional e avança; juros sobem, mas dólar recua abaixo dos R$ 5

Selo de mercados que mostra um Touro e indica a alta do Ibovespa

A semana começa mais uma vez marcada pelo conflito entre Ucrânia e Rússia como a principal preocupação dos investidores. Com o petróleo em disparada, a preocupação com a inflação global azeda os principais índices internacionais. O Ibovespa, no entanto, começa o dia na contramão. 

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Por volta das 16h15, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,35%, aos 115.716 pontos. O dólar à vista recua 1,36%, a R$ 4,9488, com a ajuda das commodities, e no menor nível do ano. Os ganhos da bolsa brasileira foram limitadas pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que voltou a trazer a pesar o risco inflacionário e a atuação do Fed.

Powell alertou que a guerra na Ucrânia deve ter efeitos significativos na economia global, mas lembrou que o impacto do conflito ainda é desconhecido e incerto. Como se trata de dois grandes produtores de commodities, as cadeias produtivas ao redor do mundo devem repercutir a restrição da oferta.

O grande destaque local fica com o mercado de juros futuros. Nesta manhã, o boletim Focus divulgado pelo Banco Central mostrou que os economistas esperam uma inflação de 6,59% em 2022 e a Selic em 13%, altas importantes após a divulgação de política monetária feita na semana passada. Com isso, a curva de juros se inclina em todos os principais vencimentos. 

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2312,93%12,87%
DI1F25DI Jan/2512,13%12,08%
DI1F26DI Jan/2611,93%11,91%
DI1F27DI Jan/2711,94%11,93%

Notícias do front

Rússia e Ucrânia ainda parecem longe de chegar a um acordo de cessar-fogo, mesmo com rodadas de negociações acontecendo de forma quase diária. O governo ucraniano se recusou a entregar o controle do município de Mariupol, região que liga Donbass à península da Crimeia. 

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O esperado é que a União Europeia anuncie novas sanções econômicas ao governo russo, mas sem atacar diretamente o corredor de distribuição de energia. 

Refazendo as contas

Além do atraso em sua divulgação, o boletim Focus dessa segunda-feira também trouxe surpresas negativas importantes nas projeções dos economistas para os principais indicadores da economia brasileira. 

Na inflação houve aumento das projeções para o IPCA de 2023, ano mais relevante para o atual horizonte de política monetária, e também no de 2022. Para o ano que vem, a mediana de expectativas passou a ser de 3,75%, muito acima da meta de 3,25%. Já para o fim de 2022, a mediana passou a ser de 6,59%, a 10ª alta consecutiva. 

Depois da última reunião de política monetária, houve mudanças também com relação à Selic. Agora os analistas esperam que o ano termine com a taxa básica de juros em 13,0%. O Produto Interno Bruto (PIB) foi o único com uma revisão mais positiva, passando de 0,49% para 0,50%. 

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Sobe e desce do Ibovespa

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
GETT11Getnet unitsR$ 3,633,71%
CSNA3CSN ONR$ 26,503,19%
BRAP4Bradespar PNR$ 36,082,47%
RRRP33R Petroleum ONR$ 37,392,41%
HYPE3Hypera ONR$ 35,452,40%

Confira as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
ALPA4Alpargatas PNR$ 24,91-2,66%
ENEV3Eneva ONR$ 13,53-2,52%
BIDI11Banco Inter unitR$ 19,30-2,08%
LREN3Lojas Renner ONR$ 23,65-2,07%
PETZ3Petz ONR$ 18,26-2,04%
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