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Ibovespa enfrenta dia volátil com queda das commodities e fecha em leve queda; dólar vai a R$ 5,17

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Um dos maiores clichês da astrologia é que aqueles que nascem sob o signo de câncer são marcados pela sensibilidade acima do normal e uma tendência a oscilações bruscas de humor. Durante a temporada regida pelo signo, é comum que essas características também se intensifiquem em todos ao seu redor. 

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De 21 de junho a 22 de julho, a constelação de câncer é quem manda no zodíaco e, ao que parece, nem mesmo o mercado financeiro escapou de sua influência. 

Os investidores e as bolsas de valores globais se encontram sensíveis. Qualquer notícia negativa pode ser uma catástrofe e uma mera sinalização neutra pode ser lida como um bote salva-vidas para os mercados. 

Em um dia padrão, é comum que essas novas informações e novidades sejam diluídas pelos agentes financeiros, mas recentemente as coisas parecem ter um peso muito maior. 

As preocupações com a recessão global se arrastam e não são exatamente uma novidade, mas nesta quarta-feira (22) os principais índices e a cotação do petróleo e do minério de ferro indicavam que todos esperavam o pior. 

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Poucas horas depois, o simples fato de Jerome Powell, chefe do Federal Reserve, e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, não terem anunciado preocupações maiores em seus pronunciamentos fez com que Wall Street disparasse e carregasse junto o restante dos ativos globais. 

Mas sem fundação sólida, não há queda brusca ou disparada que se sustente. Ao longo de todo o pregão, as bolsas em Nova York operaram dentro de um efeito ioiô, até fecharem o pregão em leve queda. 

As idas e vindas ao longo do dia abriram um grande leque de cenários para o Ibovespa, mas a sessão se encerrou com uma queda de 0,16%, aos 99.522 pontos – longe da queda de mais de 1,5% vista no início do dia. O dólar à vista avançou 0,45%, a R$ 5,1771. 

A queda das commodities em escala global levou o mercado de juros a operar em queda ao longo da tarde. 

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CÓDIGONOMETAXAFEC 
DI1F23DI jan/2313,55%13,56%
DI1F25DI Jan/2512,34%12,47%
DI1F26DI Jan/2612,23%12,34%
DI1F27DI Jan/2712,27%12,39%

Música para os ouvidos

As bolsas em Wall Street não conseguiram sustentar o movimento de recuperação, mas ainda que o dia tenha sido de perdas, o saldo final foi mais positivo do que o início da sessão indicava e tudo graças a um discurso sem novidades do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. 

Em sabatina no Congresso, Powell mostrou confiança ao falar da solidez da economia americana para atravessar o aperto monetário. Powell  também disse que apesar do aperto monetário ter impacto na atividade econômica, existirá um equilíbrio entre oferta e demanda, o que auxiliará a combater o processo inflacionário, e o Fed fará as altas na taxa de juros de forma "apropriada".

Como já havia sinalizado em outros momentos, o presidente do BC americano também falou que enxerga a taxa neutra na faixa e 2,5%. Vale lembrar que na última reunião, diversos dirigentes da instituição traçaram projeções de juros próximos da casa dos 4% até 2023. 

A luta do presidente americano Joe Biden contra a alta dos combustíveis também fez preço nos mercados. Ele disse esperar que as companhias repassem totalmente o alívio dos impostos nos preços dos combustíveis para os consumidores e pediu para que se aumente o volume de refino de petróleo. 

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Outro dirigente do Fed, Charles Evans, também falou em evento. Evans descartou a necessidade de um aumento de 1 ponto percentual nos juros, mas disse ser razoável que a entidade discuta uma nova elevação de 0,75 pp. 

Sobe e desce do Ibovespa

Apesar da alta do Nasdaq não ter se consolidado ao longo da tarde, a Méliuz foi o principal destaque do dia, em um movimento de recuperação do setor de tecnologia. Na cola, o Banco BTG Pactual (BPAC11) subiu também repercutindo a análise positiva dos papéis pelo Itaú BBA. 

Um dos destaques do dia foi o forte avanço das empresas de proteína. Segundo Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, o setor repercute uma série de notícias positivas no curto prazo. "O setor é resiliente e apesar dos custos com insumos terem subido nos últimos meses, acreditamos que os frigoríficos conseguem entrar com novas exportações para a América do Norte em um momento de dificuldade de exportação para a China".

Confira os maiores destaques do dia:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
CASH3Meliuz ONR$ 1,267,69%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 22,835,55%
BRFS3BRF ONR$ 13,074,81%
BEEF3Minerva ONR$ 13,213,77%
NTCO3Natura ONR$ 14,353,76%

Depois de voltar a dar lucro em janeiro e recolocar o pé no prejuízo em fevereiro para em seguida fechar o primeiro trimestre de 2022 no azul, o IRB voltou a registrar prejuízo em abril. A informação faz parte da prestação de contas que o IRB é obrigado a fazer mensalmente à Superintendência de Seguros Privados (Susep). As ações da resseguradora lideraram as quedas do dia. 

A forte queda do petróleo e do minério de ferro, refletindo as incertezas com o crescimento da economia global, pesou sobre as empresas produtoras de commodities da bolsa. Apesar do mau tempo para os ativos, a Petrobras (PETR4) teve um movimento mais positivo, com os ruídos políticos mais amenos nesta quarta-feira (22). Confira também as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
IRBR3IRB ONR$ 2,52-10,95%
RRRP33R Petroleum ONR$ 33,96-6,70%
PRIO3PetroRio ONR$ 21,28-6,38%
CSNA3CSN ONR$ 15,99-4,48%
GGBR4Gerdau PNR$ 22,91-3,98%
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