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Fluxo secou? B3 corrige erro nos dados e R$ 27 bilhões em dinheiro estrangeiro “somem” da bolsa em 2022

B3 - Bolsa

Dados positivos sobre a entrada de fluxo de recursos de investidores estrangeiro costumam ser comemorados pelos brasileiros, pois ajudam na performance do mercado acionário e de câmbio.

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Por isso, um erro da B3 (B3SA3) revelado nesta sexta-feira (1) e que inchou em cerca de R$ 27 bilhões a cifra de dinheiro vindo da gringa em 2022 é uma péssima notícia para os investidores brasileiros.

A operadora da bolsa no país anunciou hoje que fará uma “revisão metodológica" dos dados sobre renda variável dos últimos três anos.

Mas, segundo uma fonte da B3 ouvida pelo portal BDM online, a revisão nada mais é do que a correção de um erro nas estatísticas que começou em outubro de 2020 — mês de início das operações de empréstimo de ações em tela — e que só foi percebido agora.

“As operações de empréstimo em tela começaram a alimentar o saldo e ninguém percebeu o erro durante muito tempo, até que começou a surgir uma diferença muito grande do fluxo cambial do BC com a B3”, disse a fonte do BDM online.

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Como não há fluxo financeiro de fato em transações desse tipo, elas não deveriam ter sido computadas. Com a correção do número, o saldo do mercado secundário até o final de março deste ano caiu de R$ 91,1 bilhão para R$ 64,1 bilhão.

A revisão dos dados do fluxo estrangeiro dos dois anos anteriores não tem data prevista para conclusão. Mas, segundo explicou Luís Kondic, diretor de produtos e dados da B3, em conversa com jornalistas, não há impacto nos dados financeiros e contábeis da empresa.

Vale lembrar que os empréstimos em tela, responsáveis pela diferença de R$ 27 bilhões, contabilizam cerca de 30% do fluxo total de empréstimos de ações na B3.

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