Os temores de uma inflação ainda mais elevada voltaram a assombrar os investidores nesta quarta-feira (23) em meio ao avanço dos preços do petróleo. Com isso, o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones acabaram encerrando o dia com perdas superiores a 1%.
O petróleo tipo Brent — referência no mercado internacional — avançou quase 5% para US$ 120 o barril. O petróleo WTI, dos Estados Unidos, teve alta de cerca de 4%, para mais de US$ 114 por barril.
Esse avanço fez o S&P 500 e dos demais índices da Bolsa de Nova York tropeçarem, pressionados pelos temores de impacto da inflação no crescimento global em um momento em que o Federal Reserve (Fed) continua a falar de aumentos mais rápidos na taxa de juros.
Na terça-feira (23), o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, enfatizou a necessidade de o banco central note-americano agir mais rápido e de forma mais agressiva no aumento da taxa de juros para conter a aceleração da inflação.
Os comentários vieram um dia depois de o presidente do Fed, Jerome Powell, dizer que o banco central estaria preparado para ir além da elevação de 0,25 ponto percentual (pp) nas próximas reuniões para garantir o retorno da estabilidade de preços.
- Dow Jones: -1,29%, 34.357,77 pontos
- S&P 500: -1,23%, 4.456,12 pontos
- Nasdaq: -1,32%, 13.922,60 pontos
Os desenvolvimentos da guerra entre Rússia e Ucrânia também continuaram no radar dos investidores. Amanhã, a invasão russa completa um mês e o fim do conflito não parece próximo — pelo menos não até o momento.
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Bolsas na Europa acompanham S&P 500?
Assim como o S&P 500 e os demais índices de Wall Street, as bolsas europeias fecharam em baixa nesta quarta-feira, com os investidores avaliando as preocupações com a inflação e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
- Londres: -0,22%
- Paris: -1,17%
- Frankfurt: -1,31%
O Stoxx 600 pan-europeu fechou em queda de 1%, com quase todos os setores e principais bolsas em território negativo. As ações de serviços públicos caíram 2,5% para liderar as perdas, enquanto as ações de petróleo e gás resistiram à tendência de queda e aumentaram 2%.
As principais notícias econômicas do dia vieram do Reino Unido, onde o ministro das Finanças Rishi Sunak anunciou um corte imediato nos impostos para os trabalhadores em uma tentativa melhorar o padrão de vida dos britânicos.
A inflação no Reino Unido chegou a 6,2% ao ano em fevereiro, a maior desde março de 1992, à medida que os custos crescentes de alimentos, combustíveis e energia continuam a aprofundar a crise de custo de vida do país.