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Contestação de urnas eleitorais e incerteza com PEC levam Ibovespa a mais um dia de queda; dólar sobe a R$ 5,37

Montagem mostra imagem com tons de vermelho do prédio do congresso nacional ruindo e gráficos em queda ao fundo | Ibovespa

Congresso nacional ruindo e mercados em queda

A recuperação dos principais índices americanos e o bom desempenho do setor de commodities não foram suficientes para embalar o Ibovespa nesta terça-feira (22). Apesar do dia ter começado positivo para os ativos domésticos, velhos medos ganharam força ao longo do dia. 

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As idas e vindas das negociações da PEC de transição seguem gerando dúvidas. Apesar das aparentes tentativas de diálogo e redução dos valores e prazos inicialmente pretendidos pelo governo eleito, ainda não se sabe por qual caminho o texto final seguirá.

Ainda falando em equipe de transição, o questionamento de alguns membros sobre a política de preços da Petrobras (PETR4) e a necessidade de se paralisar a venda de ativos até que o novo governo assuma levou os investidores e bancos de investimento a revisarem para baixo suas perspectivas para a empresa, pressionando o principal índice da bolsa brasileira.  

Na reta final do dia, uma nova surpresa desagradável: o ressurgimento do risco político de uma contestação das eleições. O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um pedido para que sejam anuladas mais de 250 mil urnas utilizadas no segundo turno

A notícia levou a bolsa às mínimas do dia, mas após o ministro Alexandre de Moraes dizer que irá analisar o pedido apenas se o PL também incluir o primeiro turno no relatório, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dizer que a eleição de Lula é “incontestável”, o movimento visto foi de moderação. 

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Sem acompanhar o dia de alta firme em Nova York, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,65%, aos 109.036 pontos. Sem tempo para recuperação antes do fim do pregão, o dólar à vista fechou em alta de 1,30%, a R$ 5,3797, ainda repercutindo a contestação dos resultados. Os juros futuros tiveram mais um dia de avanço:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F23DI Jan/2313,69%13,69%
DI1F24DI Jan/2414,36%14,26%
DI1F25DI Jan/2513,67%13,53%
DI1F26DI Jan/2613,51%13,35%
DI1F27DI Jan/2713,43%13,25%

Na sombra

Em preparação ao feriado prolongado e na expectativa pela ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, as bolsas em Wall Street voltaram a subir — com as empresas de varejo e tecnologia puxando os ganhos. Confira:

Sobe e desce do Ibovespa

Mesmo com a queda do minério de ferro e a preocupação com a atuação da China no combate ao coronavírus, o dia foi de recuperação para as empresas do setor de commodities metálicas, revertendo as fortes perdas da véspera. A CSN também encerrou uma briga na justiça e deve fazer uma reestruturação do seu controle.

Assim como no exterior, o petróleo também serviu de fôlego para o setor de energia. O ministro do Petróleo do Kuwait, Bader Al-Mulla, negou que a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) esteja estudando um aumento da produção, levando a commodity a fechar o dia em alta. Confira os melhores desempenhos do dia:

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CÓDIGONOMEULTVAR
USIM5Usiminas PNAR$ 7,693,92%
CSNA3CSN ONR$ 14,423,52%
GGBR4Gerdau PNR$ 28,953,34%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 12,862,84%
PRIO3PetroRio ONR$ 35,472,84%

Enquanto a alta do dólar beneficiou as empresas exportadoras, o setor aéreo foi pressionado pelo avanço da moeda americana, já que as companhias costumam ter os seus custos em dólar, o que pressiona o resultado do próximo trimestre. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
AZUL4Azul PNR$ 12,69-4,87%
SOMA3Grupo SomaR$ 11,35-4,22%
GOLL4Gol PNR$ 8,32-4,04%
AMER3Americanas S.AR$ 10,64-3,80%
BRFS3BRF ONR$ 10,16-3,79%
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