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Ibovespa flerta com alta, mas recua mais 0,14%; dólar cai com melhora no cenário externo

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Desde a Super-Quarta, a preocupação com a inflação e a desaceleração global não dão descanso às bolsas globais. A cautela generalizada levou os índices em Wall Street a renovarem as mínimas do ano e o Ibovespa de volta ao campo negativo em 2022. 

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Os sustos com o futuro da política monetária americana seguem existindo e deram as caras até mesmo no que parecia ser um pregão de recuperação. Dois dirigentes do Federal Reserve voltaram a conversar com o mercado e embora não tenham confirmado uma alta de 0,75 ponto percentual, deixaram claro que a possibilidade segue na mesa, contrariando as palavras de Jerome Powell. 

No Brasil, a incerteza sobre o rumo dos juros brasileiros também persiste. A ata da última reunião do Banco Central brasileiro não trouxe grandes novidades sobre qual será a magnitude da alta da Selic na próxima reunião, postergando um desfecho para o ciclo de ajuste. 

Mas os investidores optaram por segurar os excessos, postura bem diferente do que vinha acontecendo nos últimos dias. Hoje, no entanto, a tempestade se transformou em uma garoa fina. 

As bolsas americanas não se firmaram em um único sentido e o Ibovespa oscilou entre os campos positivo e negativo durante toda a sessão. O principal índice da B3 encerrou o dia em queda de 0,14%, aos 103.109,94 pontos, com a forte queda do setor de siderurgia impedindo voos mais altos. O dólar à vista recuou 0,44%, a R$ 5,1336.

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Reforçando o recado

Também teve espaço para o Banco Central brasileiro no pregão desta terça-feira (10), com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom. Na ocasião, o BC elevou a taxa básica de juros a 12,75% ao ano. 

A publicação trouxe poucas novidades sobre o futuro da Selic no Brasil. Enquanto as projeções dão conta de que o fim do ciclo de aperto deve terminar em 13,25%, o BC entende que os juros devem acompanhar as mudanças de cenário pela frente, sem maiores indicações sobre o tamanho do ajuste que virá no próximo encontro. No mercado de juros, o dia foi de ajuste de baixa, repercutindo a melhora no cenário. 

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2313,26%13,29%
DI1F25DI Jan/2512,30%12,43%
DI1F26DI Jan/2612,16%12,30%
DI1F27DI Jan/2712,18%12,32%

Boas novas

As vendas no varejo vieram melhores do que o esperado pelos analistas, segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta manhã. 

O volume de vendas subiu 1,0% em março frente ao mês anterior, acima da mediana das projeções de 0,4%.Já o varejo ampliado cresceu 0,7%, acima das projeções de alta de 0,1%.

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Com isso, o setor avança 1,1% em 2022 e registra alta de 4,4% em relação aos últimos 12 meses.

Sobe e desce do Ibovespa

 Com a sangria estancada no exterior e dados do varejo local mostrando um crescimento acima do esperado em março, as empresas do setor de consumo aproveitaram para recuperar parte das perdas recentes. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 13,269,14%
NTCO3Natura ONR$ 16,618,99%
PETZ3Petz ONR$ 12,667,29%
CVCB3CVC ONR$ 11,905,78%
ALPA4Alpargatas PNR$ 22,015,11%

O setor de siderurgia repercutiu de forma negativa a informação de que o governo estuda zerar o imposto de importação do aço. Segundo a Broadcast, o anúncio deverá ocorrer ainda esta semana, na quinta-feira. A medida tem potencial para pressionar o valor dos produtos domésticos. Com isso, as maiores quedas do dia ficaram com as empresas do setor. Confira:

CÓDIGONOMEULTVAR
CMIN3CSN Mineração ONR$ 4,30-6,72%
USIM5Usiminas PNAR$ 10,05-6,69%
CSNA3CSN ONR$ 17,97-5,77%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 10,80-5,26%
GGBR4Gerdau PNR$ 26,34-4,36%
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