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Indefinição fiscal e ministerial em Brasília segue penalizando os mercados e Ibovespa recua 3% na semana; dólar vai a R$ 5,37

Montagem mostra imagem com tons de vermelho do prédio do congresso nacional ruindo e gráficos em queda ao fundo | Ibovespa

Congresso nacional ruindo e mercados em queda

Quase 20 dias após o fim das eleições, não se sabe qual será a cara da equipe econômica dos próximos quatro anos. 

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O mercado financeiro espera que a indicação para o ministério da Fazenda do próximo governo não seja política e, por isso, qualquer sinal de que um caminho diferente pode ser trilhado acaba gerando ondas gigantes no mercado. Se ontem foi a vez de Guido Mantega agitar o noticiário, hoje foi a vez dos rumores envolvendo o nome de Fernando Haddad ganharem força. 

De acordo com o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o ex-ministro da Educação volta do Egito, onde esteve para a COP27, como o favorito para assumir o cargo — o que tirou o Ibovespa das máximas e levou o índice a cair mais de 1%. Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) desmentiu que exista algo definido, aliviando o cenário. 

Apesar da visível recuperação dos ativos domésticos, a forte queda do petróleo no mercado internacional seguiu pressionando o principal índice da B3, que recuou 0,76%, aos 108.870 pontos nesta sexta-feira (18) e 3,01% na semana. 

O dólar à vista caiu 0,50%, a R$ 5,3748, mas o avanço foi de 0,77% nos últimos pregões. Já no mercado de juros, a perspectiva de forte deterioração das contas públicas faz com que os investidores já vejam a Selic acima do patamar de 14% no início de 2023. 

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A forte cautela da semana também esbarrou no desenho da PEC de transição, apresentada na quarta-feira (16) — com despesas na casa dos R$ 200 bilhões por tempo indeterminado e sem uma contrapartida fiscal. A tendência é que a situação se mantenha assim até que o mercado entenda por quais mudanças o texto deve passar no Congresso. 

Monitorando o Fed

Em Nova York, o dia foi de ganhos, com os investidores se recuperando das perdas recentes, com o olhar mais uma vez voltado para os próximos passos do Federal Reserve. A recuperação dos ativos aconteceu apesar das declarações recentes do banco central americano. 

Ontem, James Bullard, chefe do Fed de St. Louis e conhecido por defender uma política monetária mais dura, voltou a falar que a taxa de juros do país pode ser elevada acima dos 5%. Esther George, do Fed de Kansas City, afirmou que é preciso cuidado para que o BC americano não paralise o aperto monetário antes do tempo. 

Com isso, o mercado voltou a precificar a continuidade do ciclo de alta da taxa básica de juros, pressionando as bolsas em Wall Street.

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Sobe e desce do Ibovespa

Depois da digestão do último balanço — que decepcionou o mercado — foi feita, as ações do Bradesco (BBDC4; BBDC3) encontraram espaço para recuperação nos últimos dias. Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
BBDC4Bradesco PNR$ 15,663,37%
GETT11Getnet unitsR$ 4,752,81%
BRAP4Bradespar PNR$ 27,132,42%
BBDC3Bradesco ONR$ 13,262,00%
EMBR3Embraer ONR$ 14,181,79%

Confira as ações com os piores desempenhos da semana:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
MRFG3Marfrig ONR$ 9,90-15,82%
AMER3Americanas S.AR$ 10,40-14,82%
JBSS3JBS ONR$ 23,07-13,66%
BEEF3Minerva ONR$ 13,18-13,12%
RRRP33R Petroleum ONR$ 38,20-12,20%
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