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Ibovespa ignora NY e sobe 0,46% com a ajuda da Petrobras (PETR4); Magazine Luiza (MGLU3) e outras varejistas ficam entre as maiores quedas do dia

Touro com óculos na frente do logo da B3, bolsa brasileira | Ibovespa

Ontem nós te contamos como um sorriso é contagiante e o otimismo de Wall Street animou o Ibovespa. Nesta quarta-feira (19) a situação foi a inversa — mas, para a sorte do mercado nacional, o mau humor não é tão contagiante quanto seu antônimo.

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O dia já começou com cautela nas bolsas internacionais após dados econômicos indicarem que a inflação na Zona do Euro avançou 1,2% em setembro.

As bolsas de Nova York — que chegaram a cair com a alta dos preços no velho continente e o maior rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA, no pico da última década — se recuperaram do impacto e passaram a operar em leve alta no início do tarde.

Mas o apetite ao risco dos norte-americanos não resistiu aos dados sobre a economia do próprio país: os índices voltaram a cair após a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve (Fed).

No documento, a autoridade monetária diz que o "crescimento dos preços seguiu elevado”, mas espera "alguma moderação na alta".

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Para arrancar de vez o sorriso de Wall Street, o dirigente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que não será possível pausar a alta de juros americanos antes que o núcleo do CPI apresente uma deflação.

Vale lembrar que o indicador — que exclui alimentos e energia — avançou 0,6% em setembro ante agosto. A previsão era de alta de 0,4%.

Por aqui, um dos efeitos da cautela internacional foi o avanço dos juros futuros. A abertura da curva, por sua vez, pressionou segmentos ligados ao consumo, como a construção civil e, principalmente, o varejo.

Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), três dos principais nomes do setor, apareceram entre as maiores quedas do dia ao longo de todo o pregão — a primeira empresa anotou a maior queda da sessão.

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Para a alegria dos investidores brasileiros, porém, a Petrobras (PETR4) e outras petroleiras da B3 ajudaram a devolver o sorriso ao rosto do Ibovespa. Impulsionadas pela recuperação do petróleo no mercado internacional, as ações ligadas à commodity dominaram a ponta positiva do índice.

Com isso, o Ibovespa, que alternou os sinais de alta e baixa durante boa parte da sessão, fechou o dia com um avanço de 0,46%, aos 116.274 pontos.

Já o dólar à vista passou o dia no terreno positivo, mas desacelerou após um leilão do Banco Central e subiu 0,37% hoje, cotado em R$ 5,2742.

Magazine Luiza (MGLU3) e o varejo na ponta negativa do Ibovespa

Como antecipado no início do texto, mesmo em meio à volatilidade do Ibovespa as varejistas se mantiveram entre as maiores quedas do dia desde a abertura do pregão, com Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) alternando-se nas primeiras posições do ranking.

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A Magalu deixou o amargo “top 5” no final da sessão, mas ainda foi uma das 10 ações que mais recuaram hoje. Veja abaixo:

CÓDIGONOMEULTVAR
AMER3Americanas S.AR$ 16,42-6,76%
QUAL3Qualicorp ONR$ 7,33-6,27%
YDUQ3Yduqs ONR$ 12,61-5,54%
VIIA3Via ONR$ 3,26-4,40%
GOLL4Gol PNR$ 9,41-3,49%
Fonte: B3

Fora do índice, a Tenda (TEND3) — ação de outro segmentos ligado ao consumo, a construção civil — chegou a entrar em leilão por oscilação máxima permitida e encerrou o dia em queda de 11,7%.

Só o petróleo salva?

Já no lado das maiores altas do Ibovespa, um dos destaques foram as ações da Tim (TIMS3). O avanço da operadora aconteceu em meio a rumores de que a gigante de private equity CVC teria interesse na compra da Telecom Italia, segundo informações da Agência Italiana de Notícias (Ansa).

A companhia de telecomunicações foi acompanhada pelas ações ligadas ao petróleo na ponta positiva. O setor subiu em meio à recuperação da commodity no mercado internacional. Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
RRRP33R Petroleum ONR$ 43,985,70%
TIMS3Tim ONR$ 12,744,68%
PRIO3PetroRio ONR$ 33,463,82%
PETR3Petrobras ONR$ 39,183,82%
VIVT3Telefônica Brasil ONR$ 40,813,63%
Fonte: B3
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