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Esquenta dos mercados: Commodities impulsionam bolsas internacionais hoje; Ibovespa acompanha PEC dos Combustíveis e disputas políticas

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Os investidores agem como navegadores em direção ao desconhecido mar. Não se sabe ao certo o que esperar da bolsa quando já estiver à deriva e por todos os lados, só o imenso oceano azul. O que se sabe é que a inflação dos Estados Unidos de quinta-feira (30) é o monstruoso indicador mais esperado da semana. 

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Mas ainda estamos longe dela. Nesta terça-feira (28), os olhos dos marujos se voltam para as falas dos dirigentes — ou seriam os almirantes? — do Federal Reserve ao longo do dia. Os investidores esperam um posicionamento dos representantes do maior Banco Central do mundo sobre a perspectiva inflacionária, alta dos juros e um titã ainda mais perigoso: a recessão. 

Já no pequeno barco que chamamos Brasil, os problemas são diferentes. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no papel de capitão do navio, permanece no radar no dia em que o governo tenta aprovar a PEC dos Combustíveis. 

Os estados já começaram a se movimentar e cortar as alíquotas do ICMS sobre a gasolina, telecomunicações, óleo diesel, etc. Entretanto, os impactos nas contas públicas federais podem ficar mais caros do que o esperado. 

Ainda hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento, enquanto o Tesouro Nacional publica o Relatório Trimestral da Dívida (RDM), com coletiva do coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luís Felipe Vita.

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No pregão da última segunda-feira (27), o Ibovespa conseguiu fechar o dia em alta de 2,12%, aos 100.763 pontos. O dólar à vista caiu 0,35%, a R$ 5,2344.

Pegue sua jangada e prepare-se para o dia, conferindo tudo que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa nesta terça-feira:

Ibovespa acompanha PEC dos combustíveis

O governo federal espera R$ 54 bilhões em receitas extras para compensar o impacto da renúncia fiscal do pacote dos combustíveis. O relatório final da chamada PEC dos Combustíveis deve ir para o plenário do Senado nas mãos do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). 

Entre os recursos adicionais esperados estão:

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Como a conta ficou tão alta?

A composição desses gastos e renúncias ficou da seguinte maneira:

Vale destacar que os gastos com o programa social ficarão fora do teto. Segundo a lei eleitoral, o governo não pode criar novos benefícios no ano das eleições, mas podem ampliar os já existentes.

Corrida eleitoral

O pacote para atenuar o preço dos combustíveis vem em linha com a crise de popularidade do presidente, que tenta a reeleição em outubro. 

Seu opositor, o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), segue à frente nas pesquisas eleitorais, com chances de ganhar no primeiro turno, de acordo com a margem de erro.

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E como isso afeta a bolsa

O medo dos analistas e investidores é de que as contas públicas passem a ficar em segundo plano e o atual presidente — que tem nas mãos a máquina financeira do Estado — deixe uma “bomba” para o próximo mandatário do Palácio do Planalto. 

O descontrole das contas públicas pode se tornar um problema, tendo em vista que aumenta o chamado risco Brasil, pressiona a curva de juros e gera a fuga de capitais do país. 

As bolsas lá fora: vivendo sua própria realidade

Os índices da Ásia e Pacífico se beneficiaram do afrouxamento das medidas de “covid zero” na China. De acordo com o governo de Pequim, o país reduziu as exigências de quarentena para viajantes estrangeiros e deve manter uma política monetária acomodatícia para apoiar a recuperação do Gigante Asiático. 

Dessa forma, as bolsas por lá fecharam em alta e animaram a abertura na Europa.

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As bolsas por lá abriram em alta e são sustentadas pelas ações ligadas às commodities. Com a perspectiva de alta na demanda, o petróleo e o minério de ferro sobem nesta terça-feira. 

Por último, os futuros de Nova York se apegam às boas notícias para indicar uma abertura em alta por lá. Wall Street acompanha as falas dos representantes do Fed de Richmond, Thomas Barkin, e de São Francisco, May Daly, hoje. 

Inflação vai cair — não graças ao Fed

Os analistas internacionais já começam a falar em “efeito chicote” da inflação na cadeia de produção. Esse movimento é resultado da maior inflação em mais de 40 anos nos Estados Unidos. 

De modo geral, as empresas passam a subestimar ou superestimar a demanda dos consumidores, o que costuma trazer volatilidade nos preços. Isso afeta a cadeia de suprimentos como um todo, o que tende a gerar efeitos no produto final. 

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Os especialistas ouvidos pelo Yahoo Finance entendem que os EUA já passaram pelo efeito de “superestimar” a demanda — o que refletiu no desempenho de grandes varejistas como Walmart e Target. 

Agora, o país caminha para o seu oposto.

Queima de estoque

A perspectiva geral é de que essas grandes redes varejistas comecem um movimento de vendas de seus estoques. Em outras palavras, com os preços menores, a inflação também tende a cair. 

Os investidores se apegam a essas análises antes da divulgaçaõ dos dados de inflação, medidos pelo PCE, dos Estados Unidos nesta quinta-feira.

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