A Eneva (ENEV3) segue firme no plano de expansão via aquisições. O grupo de geração de energia fechou acordo para compra da Celse (Centrais Elétricas de Sergipe), em um negócio de R$ 6 bilhões.
A termelétrica a gás natural tem capacidade instalada de 1.593 MW (megawatts), o que equivale a 15% da demanda energética do Nordeste.
O negócio, que vazou na mídia no fim de semana, foi confirmado ontem à noite pela Eneva. No pregão desta quarta-feira na B3, as ações da empresa reagiam em alta de 1,93%, cotadas a R$ 15,88.
A Eneva pagou um total de R$ 1,9 bilhão aos atuais sócios da Celse.
Além disso, a empresa assumiu a dívida de R$ 4,1 bilhões da Celse, o que resultou no total de R$ 6 bilhões.
“A aquisição garante à Eneva acesso a gás importado e infraestrutura com capacidade disponível que permite a gestão de flexibilidade de suprimento com confiabilidade, contribuindo adicionalmente para a expansão do segmento de comercialização de gás”, afirma a companhia, em comunicado.
Por fim, a conclusão da operação ainda está sujeita à aprovação da assembleia geral da empresa compradora e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Além disso, a empresa deve realizar uma videoconferência com o mercado nesta quinta-feira (02), às 10h, sobre a operação. Clique aqui para acessar o link da conferência.
O que a Eneva (ENEV3) ganha com o negócio
Com a aquisição, a Eneva amplia a exposição ao mercado do Nordeste. A Celse está integralmente contratada no ambiente regulado até dezembro de 2024, fazendo jus a uma receita fixa anual de R$ 1,9 bilhão, indexada ao IPCA, segundo a companhia.
Além disso, a usina possui uma receita variável equivalente a R$ 406,2/MWh indexada ao Petróleo Brent, conforme os termos do contrato de suprimento de gás.
A Eneva passará ainda a deter projeções de expansão da Celse, que poderão somar até 3,2 GW (gigawatts) de capacidade instalada.