A crise energética que assola a Europa virou fonte de preocupação em todo o mundo, inclusive na Verde Asset, de Luis Stuhlberger. De acordo com a casa, o choque no aumento das contas de luz e gás das famílias e empresas europeias está subestimado.
"Vemos a região caminhando para uma recessão significativa", apontou a Verde na carta mais recente sobre o fundo estrelado da gestora.
E isso deve acontecer, segundo a Verde, mesmo com intervenções dos governos "nos mercados de energia, dando cheques para firmas e pessoas, e evitando a destruição de demanda necessária para reequilibrar o balanço energético, num contexto em que o gás russo não deve voltar nunca mais".
A Verde avalia que há pouca chance dos ativos de risco europeus não se saírem piores do que outras regiões nos próximos anos.
Verde e a inflação implícita
Depois de obter ganhos nas posições de bolsa brasileira e nos mercados de juros desenvolvidos em agosto, o Verde aumentou as posições em inflação implícita no Brasil.
De acordo com o Verde, essa posição é aplicada nos juros reais e tomada no pré. Isto significa que a casa aposta que os juros vão cair mais do que está precificado nos mercados.
O fundo também manteve posições em ouro, um ativo considerado seguro para tempos de incerteza. Além disso, o Verde aproveitou o rali do começo de agosto para reduzir a posição em ações brasileiras.
No mês passado, o Verde rendeu 2,34%, acumulando alta de 11,81% no ano. Até o fim de agosto, o CDI estava acumulado em 7,74%.
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