O Santander Brasil (SANB11) anunciou nesta segunda-feira (15) o início de uma campanha de marketing para divulgar a extensão dos serviços do segmento Select - voltado para os clientes de alta renda do banco - para todos os clientes que estiverem dispostos a pagar por isso.
Agora, serviços como saques e transferências no Brasil e no exterior sem a cobrança de tarifas, atendimento 24h via chat ou telefone e assessoria de investimentos estarão disponíveis até mesmo para quem não se enquadrar nos critérios de renda e volume mínimo de investimentos do segmento Select.
Anteriormente, apenas pessoas com renda mínima de R$ 10 mil mensais e volume mínimo de investimentos no banco de R$ 30 mil - ou R$ 200 mil, se a renda mensal fosse inferior a R$ 10 mil - podiam se tornar clientes Select.
Mas a taxa para fazer parte desse "seleto" grupo para quem não atender a esses critérios, a partir de agora, é um tanto salgada: R$ 96,90 por mês.
Esse é o custo do pacote chamado de Select Plus. No entanto, à medida que o cliente for acumulando patrimônio e investindo na instituição, ele tem chance de reduzir o valor da tarifa e até zerá-la. Com R$ 80 mil investidos, ele consegue 50% de desconto na taxa; e com R$ 150 mil investidos, a taxa é zerada.
Serviços do segmento Select
- Saques e transferência no Brasil e no exterior sem cobrança de tarifas;
- Atendimento 24 horas, todos os dias via chat e telefone;
- Assessoria de especialistas para organização financeira, compra da casa própria e investimentos;
- Assessoria de investimentos por chat, e em breve para todos os clientes, independentemente do volume investido;
- Agências exclusivas Select;
- Condições diferenciadas para financiamento de placas solares, carros elétricos e híbridos, bicicletas esportivas e elétricas e equipamentos de reabilitação;
- Experiências Select: Área Vip em eventos, convites exclusivos, descontos e filas prioritárias.
'Democratização', pero no mucho
Na divulgação da iniciativa, o Santander destaca o pioneirismo do banco ao "quebrar a tradição" entre os bancões de segregar os clientes por patrimônio e renda e a "democratização" dos serviços antes acessíveis apenas para os clientes de alta renda.
De fato, por um lado, se o cliente não se enquadra nos critérios de renda e patrimônio para acessar os serviços, mas está disposto a pagar por isso, por que não oferecer essa possibilidade? Do ponto de vista do banco, realmente faz sentido. E não restringir o acesso do cliente de fato é mais justo.
Por outro, a taxa cobrada é alta se considerarmos que hoje em dia não faltam bancos e corretoras no mercado com atendimento rápido e algum nível de consultoria de investimentos sem cobrar nada por isso. E que transferência sem tarifas, na era do PIX, e agências exclusivas, na era do digital, não são exatamente diferenciais.