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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: semana agitada tem decisão do Fed, ata do Copom, balanços e mais tensões políticas

O que mexe com a bolsa e os mercados nesta semana: PEC dos precatórios, ata do Copom, decisão do Fed e balanços; confira no Seu Dinheiro

Gráfico em plataforma de day trade, sinalizando o comportamento da bolsa, do Ibovespa e do mercado de ações
Imagem: Shutterstock

A semana é marcada pelo feriado de Finados, nesta terça-feira (2) — e semana com feriado sempre é mais tranquila, certo? Bem... não necessariamente. Os próximos dias serão marcados por uma agenda econômica carregada: por aqui, a ata da última reunião do Copom servirá para calibrar as apostas do mercado quanto aos próximos passos do BC; nos Estados Unidos, o Fed se reúne e deve começar a retirada gradual de estímulos da economia.

E isso sem falar na temporada de balanços, que conta com gigantes como Itaú Unibanco (ITUB4), GPA (PCAR3), CSN (CSNA3), Embraer (EMBR3) e Cielo (CIEL3), entre outras empresas — e sem entrar no mérito da constante tensão política que ronda Brasília, com o teto de gastos ainda no centro das atenções do mercado.

Sendo assim, por mais que a semana seja mais curta, isso não quer dizer que ela será uma moleza: o mês de novembro começa com tudo no Brasil, com inúmeros fatores que podem fazer preço nos ativos. Comecemos pela agenda econômica doméstica.

Dias agitados no Brasil

Por aqui, o Banco Central divulga na quarta-feira (3), às 7h, a ata da última reunião do Copom — o documento costuma ser publicado às terças, mas será adiado em um dia por causa do feriado. E o mercado aguarda ansiosamente pelo texto, uma vez que a última decisão de política monetária trouxe mudanças significativas na postura do BC.

A começar pela elevação no ritmo de alta da Selic: a autoridade vinha subindo os juros em 1 ponto percentual por reunião, mas pisou no acelerador e aumentou a taxa em 1,5 ponto — e já sinalizou que fará o mesmo no encontro de dezembro, o que levaria a Selic a 9,25% ao ano.

Por mais que o BC tenha apertado o ciclo de alta nos juros, parte do mercado ainda se mostrou frustrada: alguns economistas e analistas financeiros consideraram o tom adotado pelo Copom como moderado, dada a inflação ainda elevada no país e a deterioração das perspectivas fiscais.

Sendo assim, a ata do Copom será útil para que o mercado entenda exatamente qual é a visão do Banco Central nesse momento e o que ele vislumbra para o curto e médio prazo. Há espaço para mais altas na Selic ao longo de 2022? Se sim, até que ponto vai o aperto monetário? Como ficam as expectativas para a inflação no ano que vem e em 2023?

A ata do Copom é o principal dado da agenda econômica local nesta semana. Mas, ainda por aqui, destaque também para o boletim Focus desta segunda-feira (8h25), que deve trazer uma correção significativa das expectativas para inflação e PIB em 2022, e para a produção industrial em setembro — veja abaixo os eventos domésticos nos próximos dias:

  • Segunda (1): Boletim Focus (8h25);
  • Terça (2): Mercados fechados (feriado de Finados);
  • Quarta (3): Ata do Copom (7h);
  • Quinta (4): Produção industrial em setembro (9h).

Em paralelo, o noticiário político deve continuar fazendo preço nos mercados brasileiros. Há a expectativa de que a PEC dos Precatórios seja votada na quarta-feira (3) — caso aprovada, abre-se espaço no Orçamento para o pagamento do Auxílio Brasil, uma manobra que é vista pelo mercado como um rompimento do teto de gastos.

As incertezas relacionadas à Petrobras (PETR3 e PETR4) também continuam no radar: declarações do presidente Jair Bolsonaro durante a cúpula do G20, afirmando que a estatal 'é um problema', colocam lenha na fogueira e mantém os investidores em alerta quanto a uma possível intervenção do governo na política de preços da petroleira.

Por fim, um movimento de greve de caminhoneiros foi anunciado nesta segunda-feira, embora a adesão ainda seja incerta; é mais uma questão a entrar no radar do mercado.

Exterior carregado — e positivo

Apesar desses inúmeros focos de preocupação doméstica, os ativos locais têm espaço para se recuperar nesta segunda-feira (1), especialmente o Ibovespa, que amargou baixa de mais de 6% em outubro. E isso porque os mercados acionários internacionais têm uma sessão positiva neste início de semana, sem maiores sobressaltos.

Na Ásia, a bolsa Japão fechou em forte alta de 2,61%; os mercados da Coréia do Sul (+0,28%) e de Taiwan (+0,48%) também subiram, embora com intensidade menor. Na China, os principais índices tiveram um pregão misto, sem se afastar muito da estabilidade.

Na Europa, as principais praças sobem em bloco e exibem ganhos firmes: Alemanha, França e reino Unido avançam entre 0,5% e 1% nesta manhã, dando sustentação ao Euro Stoxx — o índice pan-europeu de ações tem alta de 0,7%.

Por fim, os futuros do Dow Jones (+0,44%), S&P 500 (+0,40%) e Nasdaq (+0,40%) aparecem no azul, assim como os contratos de petróleo. Sem grandes eventos previstos para hoje no exterior, os mercados aproveitam para subir — a exceção ficou com a China, cujos indicadores de atividade ficaram abaixo das expectativas.

Mas se hoje o dia é tranquilo, o restante da semana tende a ser bem agitado. Na quarta-feira (3), o Fed se reúne e há a expectativa de que o BC americano finalmente comece a retirar os estímulos da economia do país — a coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente da autarquia, às 16h30, será acompanhada de perto. Na sexta (5), é a vez do payroll nos EUA.

Veja abaixo a agenda internacional prevista para a semana:

  • Quarta (3):
    • Zona do euro: taxa de desemprego em setembro (7h);
    • EUA: dados da ADP sobre o mercado de trabalho em outubro (9h15); decisão de juros do Fed (15h) e coletiva de imprensa (16h30).
  • Sexta (5):
    • Zona do euro: vendas no varejo em setembro (7h);
    • EUA: Payroll de outubro (9h30).

Balanços e mais balanços

No front da temporada de balanços, os resultados voltam a ser divulgados na quarta-feira (3) — o feriado deu uma pausa na agenda. Mas, nos três dias restantes da semana, o calendário mostra um número elevado de empresas reportando seus números:

NomeCódigo da açãoData da divulgaçãoHorário de divulgaçãoTeleconferência
Banco PanBPAN403/11Antes da abertura03/11, 10h
AES BrasilAESB303/11Após o fechamento05/11, 14h
CieloCIEL303/11Após o fechamento04/11, 14h
CopasaCSMG303/11Após o fechamento05/11, 11h
CSNCSNA303/11Após o fechamento04/11, 11h30
CSN MineraçãoCMIN303/11Após o fechamento04/11, 10h
GPAPCAR303/11Após o fechamento04/11, 11h
Itaú UnibancoITUB403/11Após o fechamento04/11, 9h
MarcopoloPOMO403/11Após o fechamento04/11, 11h
Pague MenosPGMN303/11Após o fechamento04/11, 10h
Petro RioPRIO303/11Após o fechamento04/11, 15h
Rede D'Or São LuizRDOR303/11Após o fechamento04/11, 11h
UltraparUGPA303/11Após o fechamento04/11, 11h
UnidasLCAM303/11Após o fechamento04/11, 13h
Banco ABC BrasilABCB404/11Antes da abertura05/11, 9h30
Banco BradescoBBDC404/11Após o fechamento05/11, 10h30
BK BrasilBKBR304/11Após o fechamento05/11, 11h
BR PropertiesBRPR304/11Após o fechamento05/11, 11h
EnevaENEV304/11Após o fechamento05/11, 11h
Engie BrasilEGIE304/11Após o fechamento05/11, 11h
JHSFJHSF304/11Após o fechamento05/11, 15h
MinervaBEEF304/11Após o fechamento05/11, 10h
Omega GeraçãoOMGE304/11Após o fechamento05/11
Tegma Gestão LogísticaTGMA304/11Após o fechamento05/11, 14h
TendaTEND304/11Após o fechamento05/11, 10h
EmbraerEMBR305/11Antes da abertura05/11, 11h
M Dias BrancoMDIA305/11Após o fechamento08/11

No exterior, a farmacêutica Pfizer (PFIZ34) divulga seus números na terça (2), antes da abertura; na quinta (4), é a vez de Uber (U1BE34), antes da abertura, e MercadoLibre (sem horário definido). Confira aqui o calendário completo de divulgação de balanços no terceiro trimestre.

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