Em meio às discussões sobre a privatização dos Correios, o Magazine Luiza (MGLU3) decidiu não esperar. A gigante do varejo eletrônico anunciou que pretende operar sua rede de lojas físicas como “agências postais”, para receber e coletar os pedidos dos clientes que fazem compras pela internet.
Os planos ousados de logística, junto com a recente aquisição da KaBuM!, que colocou a companhia no mundo dos games, levaram o Itaú BBA a retomar a cobertura das ações do Magalu com recomendação de compra.
O preço-alvo foi definido em R$ 24 por ação no fim de 2022. O valor representa um potencial de alta de 27,7% em relação ao fechamento de ontem, quando os papéis do Magalu (MGLU3) chegaram ao fim da sessão na B3 cotados a R$ 18,79.
A análise do banco parece refletir a capacidade da varejista de continuar surpreendendo o mercado tanto em termos de estratégia quanto de resultados. Desde o fim de 2015, os papéis do Magalu acumulam uma alta impressionante de mais de 26.000%.
“Em vista do follow-on recente, da aquisição da KaBuM! e de movimentos de guidance logístico e no ramo das fintechs, nós estamos reavaliando nossas estimativas ao mesmo tempo em que tentamos antecipar os próximos passos da empresa”, informa o Itaú BBA em relatório.
Falando em gigantes da Bolsa, vale destacar também que analistas da XP avaliam potencial de alta na Weg (WEGE3), considerada por alguns analistas a maior empresa da bolsa. Confira abaixo 4 pilares para isso no nosso Instagram e aproveite para nos seguir o perfil (basta clicar aqui). Lá entregamos aos leitores análises de investimentos, notícias relevantes para o seu patrimônio, oportunidades de compra na bolsa, insights sobre carreira, empreendedorismo e muito mais:
Voltando ao Magalu, a aquisição da KaBum!, precificada na casa dos bilhões, é a maior já realizada pela Magalu até hoje. Para o Itaú BBA, o negócio sinaliza que futuras iniciativas do Magalu podem ocorrer no promissor segmento de games.
O banco também destaca os planos do Magalu para a logística do comércio eletrônico, que incluem dobrar o espaço de armazenamento para 2 milhões de metros quadrados até 2023.
A varejista também pretende transformar sua rede de lojas físicas em “agências postais”. Esses espaços deverão ser usados como centros de entrega e local para os vendedores e clientes deixarem e retirarem os produtos comercializados na plataforma (marketplace) da companhia.
Para os analistas, o sucesso na execução desse plano é um dos principais gatilhos para o crescimento do Magazine Luiza — e também o maior risco.
Ao mesmo tempo, a inserção da Magalu no mercado de fintechs é vista pelo Itaú BBA como uma boa oportunidade para que a empresa expanda de maneira lucrativa sua oferta de serviços aos vendedores cadastrados em seu marketplace.