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Apesar de invasão de manifestantes pró-Trump, Congresso dos EUA ratifica vitória de Biden

Donald Trump

Donald Trump

O Congresso dos Estados Unidos certificou, na madrugada desta quinta-feira (7), em sessão conjunta, a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais. Ele toma posse em 20 de janeiro.

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A ratificação da contagem dos votos no Colégio Eleitoral, normalmente um rito protocolar, foi interrompida após o Capitólio ser invadido por apoiadores do presidente Donald Trump, que afirmam, sem provas, que a eleição foi fraudada em favor de Biden e de sua candidata a vice, Kamala Harris.

O atual vice-presidente, Mike Pence, presidiu a sessão e ratificou a decisão. Ao retomar a sessão, ele criticou a invasão. “Para aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje [ontem]: vocês não ganharam”, disse. Pence já havia rejeitado pedidos de Trump para invalidar a votação do Colégio Eleitoral.

Um grupo de congressistas republicanos apresentou contestações aos resultados apurados nos estados de Pensilvânia e Geórgia, ambos vencidos por Biden, atrasando a conclusão da sessão. No entanto, todas as objeções foram rejeitadas pela maioria dos deputados e senadores.

Joe Biden venceu as eleições ao receber 306 dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral. Trump recebeu 232 votos.

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Dia de caos

Manifestantes pró-Trump se reuniram na quarta-feira (6) na capital Washington para protestar contra os resultados da eleição, no dia em que o Congresso certificaria os resultados do Colégio Eleitoral.

A invasão ocorreu enquanto deputados e senadores debatiam uma objeção aos resultados do Arizona, tradicional reduto republicano vencido por Biden.

Mais cedo, em discurso, Trump insuflou a multidão, dizendo que não iria aceitar os resultados. “Nós nunca vamos desistir, nunca vamos admitir”, disse. “Nós vamos parar com o roubo [das eleições].”

Ele voltou a afirmar que venceu “por muito” a eleição presidencial, embora nunca tenha conseguido provar que houve fraudes. Suas alegações foram rejeitadas por diversas instâncias do Judiciário americano e pelas autoridades responsáveis pelas eleições, inclusive em estados controlados pelos republicanos.

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A invasão ocorreu minutos após o discurso do presidente. Os manifestantes romperam barreiras de segurança e entraram no Congresso, chegando a ocupar as plenárias da Câmara dos Representantes e do Senado e diversos escritórios. Alguns carregavam símbolos de organizações de extrema-direita e bandeiras e bonés da campanha de Trump.

Houve vandalismo no prédio, com gás lacrimogênio sendo disparado pela polícia do Capitólio. A polícia de Washington informou que quatro pessoas morreram durante a invasão, 14 policiais ficaram feridos e 52 pessoas foram presas. Entre os mortos esta uma apoiadora de Trump, baleada pelas forças de segurança do Capitólio.

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