A Ultrapar (UGPA3) anunciou na terça-feira (19) à noite que está negociando a compra da refinaria Alberto Pasqualini (Refap) da Petrobras (PETR4), localizada no Rio Grande do Sul.
As conversas começaram após a estatal aprovar a proposta vinculante apresentada pela dona da rede de postos de combustíveis Ipiranga e da Ultragaz. Os detalhes da oferta não foram divulgados.
Segundo a Ultrapar, a aquisição, se concretizada, fortalecerá a posição dela na indústria de refino, “contribuindo para um portfólio de negócios mais complementar e sinérgico, com maior eficiência, potencial de geração de valor para toda a cadeia e benefícios para os consumidores”.
A Refap está localizada no município gaúcho de Canoas. Atualmente ela processa 32 mil metros cúbicos ao dia e atende principalmente ao mercado regional, com foco na produção de óleo diesel.
Desinvestimento em refino
A venda da Refap faz parte do processo de desinvestimento da Petrobras no setor de refino.
A companhia assumiu compromisso com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para vender oito de suas 13 refinarias, equivalente a metade de sua capacidade instalada, até o final deste ano.
Em comunicado, a Petrobras confirmou as negociações com a Ultrapar e atualizou o mercado a respeito do andamento do processo de venda de outras refinarias:
- Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná: a companhia está analisando as propostas vinculantes que recebeu;
- Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia: a empresa está aguardando as ofertas finais de todos os participantes no processo, com base nas versões negociadas dos contratos com o Mubadala Investment Company;
- Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná: a Petrobras recebeu propostas vinculantes e está em fase de negociação para venda;
- Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, e Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais: a companhia espera receber as propostas vinculantes no primeiro trimestre deste ano.