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Saiba como ficam as ações da ‘nova e velha’ Americanas após fusão com B2W

Lojas Americanas Express

Fachada de unidade da rede Lojas Americanas Express, na Avenida Paulista, região central de São Paulo.

Há um consenso no mercado de que a fusão operacional entre Lojas Americanas e B2W será positiva para as duas companhias. E a aprovação pelos acionistas, ocorrida ontem, está dentro do que já era esperado.

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Então, agora o trabalho dos analistas é traçar os cenários tanto para a Americanas S.A., empresa resultante da operação e que vai substituir a B2W na Bolsa, quanto para as Lojas Americanas, que passa a ser uma holding de investimentos, e também vai continuar listada na B3.

No primeiro momento, a partir do dia 19 de julho, quando o ticker BTOW3 será substituído por AMER3, as ações LAME3 e LAME4 vão sofrer o  chamado “desconto de holding”. 

Isso nada mais é, segundo explicam os analistas, que o resultado da retirada dos ativos operacionais do balanço das Lojas Americanas, onde passará a constar somente a sua participação de 38,9% no capital da Americanas S.A.

Segundo um cálculo feito pela XP, os atuais acionistas da B2W podem ter um retorno de 12,5% logo após a fusão, por conta da incorporação dos ativos.

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Já os que possuem ações das Lojas Americanas, após receberem suas participações proporcionais na Americanas S.A., podem ter retornos de 15%, para as ações ON, e 11%, no caso das PN. Isso após o desconto pela retirada dos ativos operacionais da holding.

Para a nova ação, a XP estabeleceu um preço-alvo, após a fusão, de R$ 82. Isso significa que o potencial de valorização em um prazo mais longo, levando em conta o cálculo da própria casa para o preço de AMER3 de R$ 66,50, é de 23%.

O BTG Pactual, em comentário divulgado hoje, aconselha seus clientes a manter posição nas ações das Lojas Americanas até a efetiva conclusão da fusão. “Não faz sentido trocar LAME pela B2W neste momento, a nosso ver”, dizem os analistas.

Mas e os negócios?

Em relação ao futuro operacional, a fusão pode trazer uma nova dinâmica para a B2W, em um contexto de forte competição contra gigantes que têm mostrado muita disposição para ganhar ainda mais força no Brasil.

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Com a disposição de diversificação de serviços do Magazine Luiza, principalmente via aquisições, os pesados investimentos anunciados pelo Mercado Livre e o avanço da Amazon, o mercado já esperava alguma movimentação da B2W.

Logo após a teleconferência com executivos das duas empresas para explicar a operação, o time de analistas da Ativa Investimentos ressaltou que até mesmo a comparação com os pares ficará facilitada, já que haverá uma junção entre as operações de lojas físicas e e-commerce.

A Ativa cita principalmente a possibilidade de utilização das lojas como pontos de distribuição das vendas online, e a abertura de novas oportunidades de aquisições. “Nada impede que, no futuro, a holding de investimentos seja utilizada para este fim”, dizem os analistas da casa.

Outro benefício, este citado pela XP, é a utilização de créditos fiscais por conta dos prejuízos acumulados pela B2W, próximos de R$ 3 bilhões. A corretora calcula que estes créditos possam gerar R$ 2,3 bilhões para a nova companhia, ou R$ 2,50 por ação AMER3.

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