Embora tenha nocauteado a economia global, a pandemia de Covid-19 não afetou a remuneração de CEOs nos Estados Unidos, que inclusive cresceu em 2020. A remuneração média para os executivos de mais de 300 das maiores empresas de capital aberto dos EUA alcançou US$ 13,7 milhões no ano passado, ante US$ 12,8 milhões em 2019, e a caminho de um recorde, segundo análise do The Wall Street Journal divulgada neste domingo, 11.
Conforme o WSJ, os pagamentos cresceram em 2020 à medida que algumas empresas alteraram metas de desempenho ou estruturas de remuneração em resposta à pandemia da Covid-19. Os cortes salariais que os CEOs fizeram no auge da crise tiveram pouco efeito. A recuperação do mercado de ações acabou impulsionando os ganhos dos executivos, já que grande parte de sua remuneração vem na forma de papeis.
Em alguns casos, investidores têm negado apoio às práticas de remuneração de empresas em votos consultivos anuais, aumentando a pressão sobre os conselhos corporativos. Com a temporada de assembleias anuais apenas começando, acionistas já sinalizaram insatisfação com acordos de pagamento a executivos em uma dúzia de grandes companhias norte-americanas, como Starbucks e Walgreens, de acordo com o WSJ.