O Prime Day, evento em que a Amazon oferece dois dias de descontos exclusivos a seus clientes Prime, terminou na última terça-feira (22). Além dos benefícios aos consumidores, a data também trouxe um recorde de vendas para os parceiros terceirizados da empresa, com um crescimento maior do que o varejo da própria multinacional.
Com promoções já nas duas semanas anteriores à data, clientes gastaram US$ 1,9 bilhão em mais de 70 milhões de produtos de pequenas empresas, afirma a Amazon. "Um aumento de mais de 100% na comparação anual em relação ao Prime Day de outubro de 2020", compara.
Foram mais de 250 milhões de itens vendidos em 20 países, de acordo com a empresa. Eletrônicos, dispositivos Amazon e material escolar estiveram entre as categorias mais vendidas.
Escândalo
O evento, porém, foi ofuscado por uma notícia divulgada também na terça-feira.
De acordo com o Washington Post, parlamentares do Reino Unido exigem um encontro com a gigante da tecnologia no país após uma reportagem investigativa, realizada pela ITV News, mostrar que milhares de itens devolvidos ou não vendidos são destruídos pela companhia em um depósito na Escócia.
Um ex-funcionário estimou a destruição em 130 mil itens por semana, ainda de acordo com o jornal. O Post pertence ao fundador e CEO da Amazon, Jeff Bezos.
Em nota, a empresa disse que "prioriza a revenda e doação de produtos não vendidos", segundo a publicação.
Ainda de acordo com o jornal americano, após a indignação nas redes sociais e exigência por parte dos cidadãos de uma investigação formal, o primeiro-ministro Boris Johnson prometeu que examinará as alegações, que ele disse serem "inacreditáveis".
Pelo Twitter, a ativista pelo clima Greta Thunberg ressaltou que esse é apenas um dos depósitos da Amazon. "Se você tem um sistema onde isso é possível - e até mesmo lucrativo - é um sinal claro de que algo está fundamentalmente errado", escreveu
A Amazon opera em 175 centros por todo o mundo, afirma o Washington Post.