Mesmo diante das insistentes reclamações do presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras (PETR4) segue aplicando sua política de preços para os combustíveis, anunciando nesta segunda-feira (8) o sexto aumento da gasolina e o quinto do diesel este ano.
O diesel vai subir R$ 0,15 por litro e a gasolina será de R$ 0,23 por litro a partir da terça-feira, 9, nas refinarias da empresa, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Os novos preços a serem praticados pela estatal serão de R$ 2,86 por litro para o diesel e de $ 2,84 por litro para a gasolina, confirmou a Petrobras.
Os reajustes foram várias vezes criticados por Bolsonaro. Pressionado pelos caminhoneiros, uma de suas bases eleitorais, ele afirmou que os aumentos são excessivos. A situação chegou ao ponto de ele decidir substituir Roberto Castello Branco, defensor da política de preços da estatal, pelo general Joaquim Silva e Luna.
Mantendo a paridade com o petróleo...
O novo aumento segue os preços do petróleo e derivados no mercado internacional, impulsionados pela manutenção do corte de produção dos países exportadores de petróleo (Opep).
Nesta segunda-feira, o petróleo tipo Brent para maio era cotado a US$ 69,45 o barril, chegando perto dos US$ 70 barril, depois de ter chegado a cair a US$ 20 o barril no auge da pandemia (abril/maio) no ano passado.
... Mas ainda há defasagem
Para o presidente da Abicom, Sérgio Araújo, os novos aumentos dos combustíveis anunciados hoje pela Petrobras reduzem, mas ainda não equiparam os preços da estatal ao Preço de Paridade de Importação (PPI).
"Com os aumentos anunciados hoje, as defasagens médias em relação aos preços de paridade para importações cairão para R$0,05 por litro para gasolina e R$0,10 o litro para o diesel", informou Araújo.
Com isso, um novo aumento pode ser feito se o petróleo continuar em alta.
* Com informações da Estadão Conteúdo