A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou acordo com o presidente da Via (VIIA3), ex-Via Varejo, Roberto Fulcherberguer, e o diretor de relações com investidores da companhia, Orivaldo Padilha, mediante pagamento de R$ 546 mil.
Os executivos eram acusados de provocar oscilações atípicas nas ações da empresa durante uma série de quatro “lives” realizadas em abril do ano passado.
Naquele mês, Fulcherberguer destacou durante essas “lives” o “bom desempenho de vendas” da empresa e “um salto na participação de mercado” do grupo naquele período. Ele também chegou a afirmar, em uma das transmissões, que a Via chegou a fazer “70% da venda que faria se todas as lojas estivessem abertas”. Foi um dos números que mais chamaram a atenção do mercado financeiro.
Em 29 de abril de 2020, a Via Varejo divulgou comunicado confirmando a maior parte das informações e acrescentando que havia entendido que não se tratava de fato relevante. E explicou que o intuito de participar das “lives” era transmitir informações completas e precisas ao mercado, para corrigir uma “penalização excessiva” do valor de mercado da companhia no início da pandemia.
No fim do mês de abril, os papéis da Via Varejo ganharam quase R$ 3,5 bilhões de valor de mercado, com alta de 42% das ações em apenas dois pregões.
A Procuradoria Federal Especializada junto à Autarquia (PFE-CVM) concluiu não existir impedimento jurídico para realizar a celebração do acordo, abrindo caminho para a aprovação pelo colegiado. Diante disso, após negociações, Fulcherberguer comprometeu-se em pagar R$ 240 mil para a autarquia. Padilha comprometeu-se a desembolsar R$ 306 mil para encerrar o processo.
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