Exatamente três meses após a estreia da CSN Mineração na Bolsa, a Companhia Siderúrgica Nacional protocolou, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o pedido de registro da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de outra unidade de negócios, a CSN Cimentos.
Detalhes como o cronograma da operação e o intervalo de preço proposto para cada ação ON ainda serão definidos, segundo informa a CSN em Fato Relevante.
O que já está definido é que esta oferta terá somente distribuição primária, ou seja, todo o valor captado entrará no caixa da CSN Cimentos. No caso da CSN Mineração, do total de R$ 5,2 bilhões levantados no IPO, R$ 1,37 bilhão ficaram com a companhia, enquanto a controladora CSN ficou com R$ 2,78 bilhões. O restante ficou com os sócios que venderam ações na oferta.
Ainda por ser uma oferta somente primária, o IPO da CSN Cimentos não vai contribuir para diminuir o nível de endividamento da controladora, diferente do que aconteceu com a operação da unidade de mineração. O objetivo da siderúrgica é fechar o ano com uma alavancagem abaixo de 1 vez, na relação dívida líquida/Ebtida.
A operação da CSN Cimentos vai ajudar a inflar ainda mais os números recentes de IPOs . Desde o início de 2020 até agora, foram realizados pouco mais de 50 ofertas iniciais, com um volume total captado na ordem de R$ 77 bilhões de reais, segundo dados da B3.