Credit Suisse coloca o pé no freio com a EcoRodovias: banco rebaixa recomendação para ECOR3 e corta preço-alvo; ação cai na bolsa
Alta dos juros e custos de captação mais elevados foram os principais motivos alegados pela instituição financeira para a revisão
O processo acelerado de alta nas taxas de juro no Brasil e o aumento dos custos de captação levaram o Credit Suisse a colocar o pé no freio em relação à EcoRodovias (ECOR3).
O banco suíço rebaixou sua recomendação para o papel de ‘compra’ para ‘neutro’. Os analistas da instituição também reduziram o preço-alvo de ECOR3 para R$ 11.
Apesar da revisão, o Credit Suisse ainda vê um potencial de valorização de 28% para ECOR3 em relação ao fechamento de ontem.
Ainda assim, a ação caiu 6,03% no pregão de hoje, fechando a R$ 8,10.
CCR tem recomendação de compra mantida
Além da EcoRodovias, o Credit Suisse reduziu para R$ 17 o preço-alvo das ações da CCR (CCRO3), mas manteve a recomendação de compra.
Os analistas do banco enxergam um potencial de valorização de 38% para os papéis da concessionária. CCRO3 fechou em alta de 0,98% nesta terça, a R$ 12,42.
Justificativas
No relatório em que revisita suas projeções para ECOR3 e CCRO3, o Credit Suisse explica que os ganhos de ambas as empresas com novas concessões e os acordos fechados por elas com o Estado de São Paulo já estavam incorporados ao modelo.
Em contrapartida, os valuations das duas concessionárias foram afetados principalmente pela alta nas taxas de juros reais de longo prazo no Brasil e pelos custos mais elevados de captação.
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