A oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da Tópico deve fornecer recursos para a empresa intensificar a atuação com uma proposta de soluções tecnologicamente mais avançadas.
A companhia é especializada no segmento de venda e locação de galpões, tendas e coberturas em lona ou zinco, atendendo diversos segmentos econômicos, mas com forte presença no agronegócio e nas indústrias de fertilizantes e açúcar.
No mercado todo, há técnicas de construção como alvenaria e metálicos, mas a Tópico defende que seu modelo de negócios é mais ágil. O plano da empresa é avançar em todo o setor.
Enquanto no segmento da solução que a empresa oferece sua participação corresponde a 63,7%, em todo o mercado as soluções da companhia chegam 1%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Para a Tópico, os números revelam "uma baixa penetração da tecnologia e alto potencial de crescimento". A via para o crescimento, com dinheiro do IPO, é o "fortalecimento da capacidade financeira" e aquisições de outras empresas.
Impulso recente
Fundada há pouco mais de 40 anos, a Tópico diz ser líder no segmento de locação de infraestruturas flexíveis no Brasil. A empresa oferece soluções de armazenagem a mais de 750 clientes em todo o território nacional.
No ano passado, a empresa teve lucro líquido de R$ 23,3 milhões, com margem bruta de 45%. O resultado, diz a companhia, reflete um plano estratégico iniciado em 2014, após a aquisição da divisão de armazenagem da Nautika Coberturas.
A operação impulsionou a companhia em quantidade de metros quadrados de galpões alugados no mercado em termos de base locada de galpões flexíveis.
Ainda em 2014, a Southern Cross Group assumiu o controle da companhia com a aquisição de 70% do seu capital social, iniciando um processo de melhora de governança e profissionalização das equipes.
O IPO deve dar saída de ao menos parte da participação do fundo. O fundador da empresa, Ricardo Vantini, ainda detém pouco mais de 29% do capital social da companhia.
A Tópico oficializa a intenção de abrir capital na B3 depois de uma série de ofertas de empresas menores que tiveram de ser reduzidas, diante de um mercado com menos apetite. Investidores esperam para a segunda metade de 2021 IPOs de maior parte, entre eles o da Raízen.
A oferta é coordenada por Itaú BBA (líder), com Bank of America, Santander e XP.