Você já considerou a possibilidade de comer carne produzida em laboratório? Pois saiba que, no futuro próximo, existirá a possibilidade de encontrar um produto da BRF (BRFS3) cuja proteína não vem do abate de um animal, mas do cultivo de suas células.
Para tornar esta intenção em realidade, a companhia assinou um memorando de entendimento com a startup israelense Aleph Farms para usar as patentes dela para desenvolver e produzir carne cultivada em laboratório.
O acordo prevê ainda que a BRF terá exclusividade na distribuição da proteína desenvolvida pela Aleph Farms no Brasil.
Em seu site, a startup explica que o processo consiste em isolar células de um boi saudável, sem realizar qualquer mudança em sua genética, para desenvolver a carne. A vantagem, segundo ela, é que a técnica utiliza uma fração dos recursos necessários para desenvolver um animal inteiro e o bife é livre de antibióticos.
A Aleph Farms afirma que na técnica tradicional são necessários dois anos entre a criação e o abate do boi, enquanto ela consegue produzir a carne entre três e quatro semanas.
Parte da visão para o futuro
A BRF informou que a parceria com a Aleph Farms está em consonância com o plano “Visão 2030”, que tem como meta aumentar em mais de 3,5 vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) e alcançar uma receita líquida de mais de R$ 100 bilhões até o final de 2030.
Para isso, ele propõe uma série de “avenidas de crescimento”, entre elas, a busca por “substitutos de carne”, ponto em que entram acordos como o firmado com a Aleph Farms.
“Essa parceria fortalecerá a geração e diversificação de negócios para atender às crescentes demandas dos consumidores por uma maior variedade de proteínas alternativas. Além do potencial comercial no mercado brasileiro, essa parceria também reforçará os compromissos de sustentabilidade, inovação e segurança alimentar adotados pelas duas empresas”, diz trecho do comunicado.