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Quer ser sócio de Warren Buffett? Fique atento aos BDRs da Berkshire (BERK34) após mais um bom balanço

Imagem do megainvestidor Warren Buffett, comandante do conglomerado Berkshire Hathaway

Warren Buffett

O oráculo do mercado financeiro está com um problema: Warren Buffett tem dinheiro de sobra, mas não encontra onde gastá-lo — um sufoco que qualquer ser humano comum adoraria passar. Mas, ora essas, não estamos falando de um reles mortal; e tampouco a Berkshire Hathaway (BERK34), seu conglomerado de investimentos, é uma empresa como as outras.

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Passado mais um trimestre, o quadro continua mais ou menos o mesmo: Buffett segue sem sucesso na busca por uma aquisição atrativa; enquanto isso, vai gerenciando a enorme carteira de ativos da Berkshire e seu gigantesco caixa de US$ 144 bilhões.

Uma posição bastante confortável, convenhamos — e que, em meio ao bom momento das bolsas americanas, não exige grande esforço para que o conglomerado continue registrando lucros bilionários.

Afinal, a Berkshire tem posições relevantes em empresas como Apple e Coca-cola, além de investimentos diversos no setor de seguros e bancos. Assim, se o preço das ações sobe, sua carteira automaticamente vale mais.

Ao fim do segundo trimestre, a Berkshire Hathaway reportou um lucro líquido de pouco mais de US$ 28 bilhões, uma alta de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, os ganhos acumulados já chegam a quase US$ 40 bilhões.

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Mas é claro que Warren Buffett não ficou parado nos últimos meses, apenas coletando os ganhos obtidos em bolsa. O balanço da Berkshire mostra algumas movimentações do megainvestidor e indica que ele segue acompanhando o mercado de perto.

No programa Ações para Ficar de Olho desta semana, eu comento sobre algumas empresas e teses de investimento que podem ser interessantes para você. Veja o vídeo abaixo:

O jeito Warren Buffett de operar

Buffett tem seus mantras na hora de investir: como ele mesmo diz, é preciso, antes de tudo, entender o modelo de negócios e o setor de atuação de uma companhia antes de alocar dinheiro nela.

O segundo passo é a avaliação de preço: o oráculo de Omaha busca sempre empresas que ofereçam boas perspectivas de crescimento, mas que, por qualquer motivo, estejam precificadas abaixo do que seria um valor justo.

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E, em terceiro lugar, está a gestão dos investimentos: em geral, ele carrega suas posições por um longo período — não estamos falando de alguém que compra e vende ações o tempo todo.

Só que a extrema liquidez que tem patrocinado o avanço das bolsas no mundo todo emperrou o modelo Buffet de fazer negócios. Com o mercado acionário subindo sem parar desde meados do ano passado, os preços dos ativos estão altos demais — e não é porque a Berkshire tem dinheiro de sobra que ele vai fazer compras por um preço que ele não acha atrativo.

Tanto é que o conglomerado, na verdade, vendeu US$ 1,1 bilhão em ações ao longo do segundo trimestre, aproveitando a alta do mercado acionário americano nos últimos meses. A quantia negociada de cada papel não foi revelada.

Ainda assim, os tradicionais 'pesos pesados' da carteira de mais de US$ 300 bilhões da Berkshire continuam os mesmos:

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A falta de oportunidades de compra tem feito com que Buffett mexa com mais frequência na carteira da Berkshire: há não muito tempo, ele se desfez de toda a posição em companhias aéreas, dada a incerteza ainda elevada no setor por causa da Covid-19.

Berkshire Hathaway na bolsa

Sem grandes aquisições nos últimos anos, Buffett tem promovido recompras de ações da Berkshire Hathaway, de modo a gerar valor ao acionistas da companhia. Mas esse movimento tem um inconveniente: os papéis do conglomerado têm liquidez relativamente baixa em Wall Street.

Uma ação classe A (BRK-A) da empresa custa cerca de US$ 430 mil — um valor intencionalmente alto para atrair apenas os acionistas que pretendem ficar com os papéis por um prazo longo. Os ativos classe B (BRK-B) são mais acessíveis, na casa de US$ 280.

Ambas têm um desempenho forte: em um ano, as ações classe A sobem 17%, enquanto as do tipo B avançam 36%. E, mesmo que a ausência de grandes aquisições possa frustrar os investidores, também não há nada que indique qualquer tipo de pressão sobre a Berkshire.

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Dito isso, há BDRs da Berkshire sendo negociados na B3, sob o código BERK34 — em um ano, os ganhos acumulados são de quase 50%. Ainda assim, repare que os ativos não estão nas máximas de 2021:

Os BDRs da Berkshire Hathaway (BERK34) fecharam o pregão da última sexta-feira (7) em alta de 2,33%, a R$ 74,95

Sendo assim, considerando o bom momento da Berkshire e seus lucros crescentes, os BDRs da empresa podem ser uma opção interessante — e representam a chance de ser sócio de Warren Buffett.

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