Após seis meses consecutivos de alta, o comércio varejista ficou próximo da estabilidade em novembro, com o volume de vendas recuando 0,1% em relação a outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast com economistas, de 0,3%. Mesmo assim, ela ficou dentro do intervalo de expectativas, que iam de queda de 0,6% a alta de 1,5%.
Na comparação com o mesmo período de 2019, o varejo apresentou um aumento de 3,4%, uma desaceleração ante a alta de 8,4% apurada em outubro.
No acumulado no ano, houve alta de 1,2%. Já nos últimos 12 meses, a expansão manteve-se em 1,3% em novembro, sinalizando estabilidade no ritmo das vendas em relação a outubro.
No comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas cresceu 0,6% em relação a outubro de 2020, sétimo mês consecutivo de aumento.
Por setor
O resultado de novembro interrompeu a sequência de seis resultados positivos consecutivos do indicador do comércio varejista, iniciada em maio de 2020, após dois meses de queda por conta da pandemia de Covid-19.
Segundo o IBGE, cinco das oito atividades apresentaram crescimento entre outubro e novembro. Ainda assim, o desempenho foi prejudicado pelo recuo nas vendas dos setores de:
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%);
- Combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e;
- Móveis e eletrodomésticos (-0,1%)
Os destaques positivos ficaram por conta de:
- Livros, jornais, revistas e papelaria (5,6%);
- Tecidos, vestuário e calçados (3,6%);
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%) e;
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%).
Considerando o comércio varejista ampliado, em novembro, o volume de vendas do setor de Material de construção registrou decréscimo de 0,8%, quando comparado a outubro, enquanto Veículos, motos, partes e peças apresentou aumento de 3,5%.
* Com informações da Estadão Conteúdo