O grande dragão vermelho está acordado. Depois do baque provocado pela pandemia de covid-19 no ano passado, que nem assim conseguiu derrubar a economia, a China começa 2021 apresentando números robustos, ainda que alguns tenham vindo um pouco abaixo do esperado.
Confira os resultados dos principais indicadores divulgados pelo Escritório Nacional de Estatística do país (NBS, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (15) à noite, horário de Brasília:
PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) da China avançou 18,3% no primeiro trimestre em relação a igual período do ano anterior.
A expansão do PIB nos três primeiros meses do ano superou em muito a alta interanual registrada no último trimestre de 2020, de 6,5%. Mesmo assim, o resultado ficou abaixo da expectativa de economistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”, que previam avanço de 19,2%.
Na comparação trimestral, a economia chinesa registrou expansão de 0,6%. O resultado representa desaceleração em relação ao ritmo observado no quarto trimestre de 2020, quando houve crescimento de 2,6% nessa base.
Analistas antecipavam um forte crescimento do PIB chinês na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando a economia do país sofreu uma contração recorde de 6,8% em meio às medidas de restrição adotadas para conter a propagação do coronavírus.
Produção industrial
Outro dado divulgado foi de produção industrial, que avançou 14,1% em março em relação a igual mês do ano anterior.
O resultado também ficou abaixo da expectativa de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que previam alta de 16,5% para o indicador.
O dado de março representou arrefecimento em relação à alta de 35,1% registrada na comparação anual no primeiro bimestre.
Na comparação mensal, a produção industrial cresceu 0,6% no mês, também uma desaceleração em relação à alta de 0,69% observada em fevereiro ante janeiro.
Vendas no varejo
As vendas no varejo da China cresceram 34,2% em março em relação a igual mês de 2020. O resultado superou as expectativas de economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam avanço de 28%.
A expansão superou o ritmo registrado no primeiro bimestre do ano, quando as vendas tiveram alta de 33,8% na comparação interanual. Na comparação mensal, as vendas do varejo cresceram 1,75% em março, uma aceleração em relação à alta de 0,56% de fevereiro.
* Com informações da Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires