Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), definiu-se a elevação da taxa básica de juros brasileira. Com o objetivo de favorecer a queda da inflação, o Copom aumentou a Selic de 2% para 2,75%, e disse ter iniciado um processo de “normalização parcial” do estímulo monetário. Uma nova alta de 0,75 ponto percentual foi sinalizada para a reunião seguinte.
Apesar de o anúncio trazer um aumento do juro acima do esperado pela maioria dos economistas, alguns nomes importantes do mercado financeiro têm suas dúvidas se o aumento gradual da Selic conseguirá conter a inflação brasileira.
Quem faz parte desse grupo é Rogério Xavier, gestor e fundador da SPX Capital, uma das maiores gestoras de ativos do Brasil. Ele não acredita que o ajuste parcial da Selic seja capaz de combater a evolução da inflação no Brasil de forma significativa, e defende uma mudança mais brusca da taxa de juros:
“O Banco Central erra ao dizer que fará um ajuste parcial. Qual a vantagem nessa comunicação? Esse BC não parece comprometido em atingir a meta de inflação, embora seu discurso seja esse”, explica o gestor.
Xavier, que é conhecido no mercado financeiro como um “pessimista”, se diz realista diante do cenário brasileiro. “Você pode ter um refresco de curto prazo, seja no bolso das pessoas ou na inflação. Mas isso só acumula pressões para o futuro”, comenta em relação ao ajuste parcial da Selic.
Em entrevista ao RadioCash, podcast produzido pela casa de análise Empiricus e pela corretora Vitreo, o gestor aponta as falhas da política monetária brasileira e se coloca contra o Banco Central.
Se você busca entender o que se passa nas entrelinhas da política fiscal no Brasil, recomendo escutar a entrevista completa de Rogério Xavier, um dos maiores gestores brasileiros e referência no mercado de fundos.
Basta apertar o play abaixo e escutar uma verdadeira aula de política monetária:
No bate-papo com Felipe Miranda, Jojo Wachsmann e Ana Luísa Westphalen, Xavier conta que enxerga o movimento de alta do juros global como positivo, sendo reflexo de uma retomada econômica.
O gestor também conta em primeira mão qual a estratégia para o sucesso dos fundos de investimento da SPX. Confira:
O segredo por trás da performance da SPX
Quem investe nos fundos de investimento da gestora de Rogério Xavier ficou satisfeito com os resultados do primeiro trimestre de 2021.
O SPX Raptor rendeu 15% (o equivalente ao retorno anual de 2020) e o Nimitz teve um ganho de 7,4%. Desde 2010, ano de origem dos fundos, eles acumulam 490% e 249% de retorno, respectivamente. Nesse mesmo período, o CDI acumula um rendimento de 142%.
A performance se deu principalmente por estratégias de investimento no exterior, que equivalem a dois terços do risco.
Para Rogério, não houve nenhuma genialidade por parte da gestora para atingir esse desempenho. “Esse é o perfil da SPX, tentamos antecipar quais serão as futuras discussões do mercado”.
Ele explica que a gestora estava atenta para o comportamento da curva de juros, principalmente nos países desenvolvidos.
“Primeiro, você tem que duvidar da estratégia do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano). E segundo, você tem que ir contra o imponderável”.
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Os fundos da SPX são destinados a investidores qualificados e podem ser ótimos para se ter no radar.
O Rogério comenta detalhadamente a postura da gestora já no segundo minuto do podcast. Em conversas como essa, investidores como eu e você conseguem entender melhor a economia, colocar oportunidades no radar e aumentar as chances de multiplicação de patrimônio. Ouça a entrevista na íntegra:
Nesse sentido nasceu o RadioCash, o podcast sobre mercado financeiro feito por quem está na área de verdade. Ele vai ao ar toda terça-feira, uma vez por semana, com conversas descontraídas sobre investimentos e mercado.
Não perca a entrevista com Rogério Xavier nesta terça-feira (13). É só procurar o RadioCash nos principais serviços de streaming áudio, como Spotify e Apple Podcasts, ou dar o play abaixo para ouvir agora: