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Mudanças no alto escalão da Ultrapar agradam e ações disparam mais de 9%. Hora de comprar UGPA3?

Foto de um posto de combustíveis da rede Ipiranga, pertencente ao Grupo Ultra - Ultrapar (UGPA3)

Vista parcial do Posto Ipiranga, localizado na Avenida Sapopemba.

A Ultrapar parece realmente disposta a deixar os dias de dificuldade para trás e se fortalecer como uma empresa distribuidora de combustíveis, e as recentes mudanças anunciadas na noite de ontem (22) indicam isso. 

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Em fato relevante, a companhia informou que Marcos Lutz irá substituir Frederico Curado como novo CEO do grupo a partir de janeiro de 2022 e, posteriormente, assumirá o cargo de presidente do conselho, que hoje é de Pedro Wongtschowski. 

O alto escalão da Ipiranga também passa por mudanças. O conselho de administração da companhia aprovou o nome de Leonardo Remião Linden para ser o novo comandante da companhia que é hoje o grande calcanhar de Aquiles da Ultrapar, apresentando resultados bem aquém de seus pares.

As mudanças foram muito bem recebidas pelo mercado, e hoje a Ultrapar (UGPA3), que acumula uma queda de 30% no ano, subiu 9,51%, a R$ 16. Mas os analistas são mais cautelosos ao falar sobre o futuro.

Hora da virada?

Recentemente, a companhia se desfez de dois importantes ativos - Extrafarma e Oxiteno - com a estratégia de focar na distribuição de combustíveis. Mas, para grande parte do mercado, a companhia não está conseguindo fazer o dever de casa e, trimestre após trimestre, segue entregando resultados abaixo do esperado e aquém dos números de seus principais concorrentes. 

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E é por essa razão que os analistas veem como positivas as mudanças propostas pela companhia. O BTG Pactual, o JPMorgan e o Credit Suisse destacam o currículo de Lutz, que tem experiência comprovada, com passagem pela Cosan, e ‘muito a contribuir com a Ultrapar’. 

Para os especialistas do banco suíço, esse pode ser o ponto de virada para a companhia, já que no processo de sucessão o executivo ficará mais próximo da rotina operacional da empresa e terá como principais desafios “recuperar as margens e participação de mercado, como também destravar valor dos ativos já existentes da rede Ipiranga”. 

O JPMorgan aponta que, embora surpreendente, a movimentação já era de alguma forma antecipada pelo mercado, principalmente no que diz respeito ao setor de distribuição de combustíveis, após os últimos resultados frustrantes.

"Achamos o movimento bem inteligente, mas vemos o processo de reclassificação sendo algo muito gradual e dependente de a companhia voltar a mostrar capacidade de fazer seu negócio crescer."

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- BTG Pactual, em relatório.

A recomendação dos três bancos para os papéis é 'neutra'. O Credit Suisse trabalha com um preço-alvo de R$ 24, enquanto o BTG vê os papéis a R$ 21. 

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