O nome do polêmico bilionário Elon Musk foi mais uma vez associado ao das criptomoedas, mas desta vez em uma fraude que se valeu indevidamente do nome do CEO da Tesla para roubar recursos de investidores.
Os criminosos usaram perfis falsos de Elon Musk para levar ao menos US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,5 milhões) de investidores de bitcoin e outras criptomoedas ao longo dos últimos seis meses, de acordo com uma investigação da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês).
Os golpistas criam contas nas redes sociais com os nomes e imagens de celebridades e figuras conhecidas no universo cripto — como é o caso do bilionário, um grande entusiasta das moedas digitais — e, por meio de engenharia social e promessas de multiplicar os investimentos, convencem as vítimas a transferirem seus ativos.
Segundo a FTC, golpes do tipo surgiram em outubro do ano passado e atingiram o ápice no primeiro trimestre de 2021, período que coincidiu com quebra de recordes na cotação do bitcoin e outros criptoativos.
Perdas milionárias
Há cerca de sete mil denúncias de falsos investimentos no período e as perdas podem chegar a um total de US$ 80 milhões, com um prejuízo médio de US$ 1.900 por pessoa. Mas, ainda de acordo com a comissão, o número de golpes não reportados pode elevar ainda mais essa soma.
Uma das vítimas foi a professora Julie Bushnell. Em entrevista ao The Independent, ela contou que foi atraída pelo que parecia ser uma notícia da BBC News anunciando que a Tesla planejava doar metade de seus US$ 1.5 milhões em bitcoins.
Foi só após transferir US$ 12.750 da moeda que Bushnell percebeu que havia caído em um golpe.
Conheça outros esquemas
Alguns criminosos vão além dos perfis falsos e já chegaram a invadir contas famosas no Twitter, como a do próprio Elon Musk, para enganar os investidores. Com a ação, os golpistas chegaram a embolsar US$ 121 mil de uma só vez.
Em outro esquema as vítimas são atraídas para páginas da web que oferecem supostas oportunidades de lucro com mineração de moedas digitais. Por fim, os criminosos apostam até mesmo no romance e engatam relacionamentos à distância para convencer as vítimas a embarcarem nos falsos investimentos.
*Com informações da CNBC