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Gasolina faz IPCA-15 registrar maior leitura para março desde 2015

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Combustível mercados

O Comitê de Política Monetária (Copom) vai ter muito trabalho para manter a inflação sob controle em 2021, como ficou evidente na prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, que registrou a maior leitura para o mês desde 2015.

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O IPCA-15 apresentou alta de 0,93% em março, 0,45 ponto percentual acima de fevereiro, 0,48%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE.

Apesar de ser uma alta expressiva, ela ficou abaixo da mediana das estimativas dos economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,96%. A faixa de projeções ia de alta de 0,83% a crescimento de 1,06%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 aponta alta de 5,52%, acima da mediana das estimativas dos economistas (5,56%), superando o limite superior da meta de inflação, de 5,25%.

O IBGE informou ainda que o IPCA-E, o acumulado trimestral do índice, foi de 2,21% nos primeiros três meses do ano, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2016, quando foi de 2,79%.

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Combustíveis, outra vez

A inflação segue sendo pressionada pela alta dos preços dos combustíveis, especialmente a gasolina. Foi ela quem teve o maior impacto individual no IPCA-15 de março, de 0,56 ponto percentual (p.p.), ao subir 11,18%, nono mês consecutivo de alta dos preços.

Também houve altas no etanol (16,38%), no óleo diesel (10,66%) e no gás veicular (0,39%).

Olhando para os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito deles apresentaram alta em março. O maior impacto (0,76 p.p.) e a maior alta (3,79%) vieram dos transportes, que aceleraram em relação a fevereiro (1,11%), justamente por conta dos combustíveis.

O segundo maior impacto no IPCA-15 de março foi do grupo habitação, com alta de 0,71% e contribuição de 0,11 p.p. no resultado do mês. Destaque para o gás de botijão, que aumentou 4,60% e adicionou 0,05 p.p na pesquisa. É o décimo mês consecutivo de alta dos preços.

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Gás encanado (2,52%) e taxa de água e esgoto (0,68%) também aceleraram em relação a fevereiro, quando registraram 1,19% e 0,45%, respectivamente.

O grupo de alimentação e bebidas viu um aumento de 0,12% dos preços, desacelerando em comparação com fevereiro (0,56%).

Os alimentos para consumo no domicílio caíram 0,03% após sete meses consecutivos de alta, sobretudo por conta das quedas de tomate (-17,50%), a batata-inglesa (-16,20%), o leite longa vida (-4,50%) e o arroz (-1,65%). No lado das altas, as carnes aumentaram 1,72%.

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