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Alívio nos ares: Gol (GOLL4) refinancia R$ 1,2 bi em dívidas de curto prazo

Imagem de avião da Gol (GOLL4) voando num céu azul, com algumas nuvens brancas | Ibovespa

Gol (GOLL4)

A Gol (GOLL4) concluiu o refinanciamento de R$ 1,2 bilhão em dívidas com vencimento no final de 2024. Com isso, o endividamento de curto prazo da companhia aérea ficará ao redor de R$ 500 milhões — o que representa o menor nível desde 2014. 

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Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (17), a companhia indicou que o refinanciamento representa a última etapa do programa de liability management (gerenciamento de riscos para evitar o descasamento entre ativos e passivos).

O plano permitiu que a Gol utilizasse ativos do seu balanço patrimonial para reduzir em R$ 2,1 bilhões a dívida de curto prazo no período de 12 meses encerrados em junho de 2021. 

“Em parceria com seus provedores de leasing de aeronaves, a companhia manteve o passivo de arrendamentos em aproximadamente 45% do total do endividamento no mesmo período, com uma taxa de desconto estável em IFRS16”, afirma a empresa, em comunicado.

Gol (GOLL4) estende o prazo médio de passivos 

O refinanciamento da dívida de curto prazo da Gol estenderá o prazo médio dos passivos em mais de dois anos, passando para 3,3 anos. 

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A companhia aérea utilizará os recursos para refinanciar as dívidas de: 

"Com essa transação, a companhia concluiu a maior desalavancagem de balanço patrimonial entre seus pares, tornando-se a empresa aérea com o menor passivo. Agora podemos focar a maior parte do nosso fluxo de caixa operacional para o crescimento operacional sustentável", afirma Richard Lark, diretor vice-presidente Financeiro, por meio de nota. 

De acordo com o executivo, a expectativa é que, com o refinanciamento, as agências de risco voltem a realizar avaliações positivas sobre a Gol, que teve suas recomendações reduzidas após ser fortemente impactada pela pandemia de covid-19. 

Recomendações rebaixadas

Bancos, instituições financeiras e casas de análise também cortaram suas recomendações para as ações da Gol (GOLL4) em meio à pandemia.

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O movimento mais recente foi feito pelo Bank of America (BofA), que rebaixou os papéis da companhia de neutro para venda. Segundo o banco, os efeitos da Covid ao setor de aviação ainda podem impactar o fluxo de caixa das aéreas. 

Além disso, o BofA também vê potencial limitado de ganho nas ações, considerando os níveis atuais de valuation.

Outra instituição que reduziu o otimismo em relação a área foi o Credit Suisse: no final de agosto, cortou a recomendação de neutra para underperform (performance abaixo da média do mercado).

Novidade e alta nas ações da Gol

Na última quinta-feira (16), a Gol (GOLL4) ampliou a parceria com a American Airlines e chegou a ser a segunda maior valorização do Ibovespa. 

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O novo acordo celebrado prevê a expansão do compartilhamento de voos (codeshare) e um aporte de capital de US$ 200 milhões (R$ 1,05 bilhão) na companhia brasileira.

As ações GOLL4 tiveram um desempenho positivo após o anúncio, e fecharam o pregão de ontem (16), a R$ 19,95, com alta de 1,26%.

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